Créditos da imagem ao site:
Tentar entender o ser humano nada mais é que uma arte, compreendida
esta como manifestação do homem nas suas diversas esferas.
O ser humano mais parece ser uma porta da qual não temos
a chave para abri-la, cujos segredos ficam ocultos, guardados, a ponto de nos
surpreender e/ou decepcionar. A busca pela compreensão humana nunca deixará de
ser um mistério, pois sempre haverá uma porta que, ao não possuirmos as chaves,
não poderemos abrir para saber o que ela esconde, o mistério sempre perdurará.
Digo que o ser humano é uma incógnita porque ele é movido
por interesses, agindo de acordo com tais interesses para supri-los, seja com
base na fé, no amor, no dinheiro, etc. O interessante notar é a que ponto
chegamos, a que ponto as pessoas chegam para serem aceitos em determinados
grupos, às vezes ceifando a vida de seus próprios irmãos, amigos, pais, etc.,
fator este que só prova o quanto somos inconstantes, omissos com a dor alheia,
quando você é omisso você se torna também cúmplice do ato praticado contra o
outro, é um sujeito ativo nesse desenlace.
O disfarce ocorre justamente em razão do fato de
passarmos a sermos cúmplices da dor praticada contra o outro, pois a omissão
não deixa de ser uma ação que tem, com efeito, uma reação, seja ela boa ou ruim.
Passamos parte de nossas vidas pedindo ao outro compreensão, esperando que
olhem e enxerguem nossa realidade, de modo que acabamos por sermos omissos com o
outro.
Uma
das lições que o mundo nos ensina é que a frieza com relação a certas coisas
não deixa de ser um mal necessário, e da maneira mais dura possível, que
precisamos ser sim omissos e frios às vezes, já que viver sofrendo em
decorrência da dor alheia seria o mesmo que condenarmos nossa alma ao
sofrimento desenfreado, sempre haverá dor. Pessoas vivem diariamente problemas,
é preciso resolvê-los, é preciso ter harmonia espiritual para sobreviver nesse mundo
injusto e insano, é preciso controle sobre nosso corpo para termos condições
físicas e psíquicas, já que adoecendo nossa alma, nosso corpo também padecerá da
maneira mais silenciosa possível. Nesse caso, a frieza não deixa de ser uma
proteção do corpo para que ele se blinde e se proteja dos males que assolam a
humanidade, fato este que não deixa de ser grandioso, quando o eu se blinda,
ele se auto protege, é instintivo.
O
pior é termos que admitir o quanto somos influenciados por tudo que nos rodeia,
a ponto de muitas vezes rejeitarmos pessoas de nossa própria família por eles
não atenderem às nossas expectativas ou não serem/agirem/se comportarem da
forma como esperamos, a verdade é uma só: ou há algo errado com eles ou com nós
mesmos, nossa dificuldade em lidar com o outro está além de nosso querer, e não
vou dizer que é nossa culpa, pois há uma série de ideologias por nós
assimiladas diariamente que influenciam em nossa forma de ser/agir. De certo
modo, o ruim acaba por ser uma experiência que contribui para nosso
amadurecimento enquanto indivíduos, o erro humano nada mais é que um convite
para nosso amadurecimento e fortalecimento, pois o herói, o seu eu herói, é
aquele que se auto supera e rompe as mais diversas barreiras para ser uma
versão melhor de si mesmo.
Chega a ser deprimente pensar que muitas ideologias pregam o seu próprio autoflagelo, a
autocrucificação do eu, a ponto de torna-lo um ser doente, que martiriza e
crucifica seu próprio eu e as pessoas que o cercam. Ora, a auto libertação deve
ser completa, sem algemas, se há algemas que o prendem tu não és liberto,
talvez se disfarce de liberto, já que o disfarce nada mais é que uma maquiagem
que esconde nossos reais sentimentos reprimidos.
É difícil aceitar que o ser humano, para ser aceito em determinados grupos,
acaba se rendendo a ideologias que mais o algema que liberta, é preciso atenção,
o despertar da nossa consciência para o outro plano nada mais é que a elevação
que tantos, presos em seus próprios medos, buscam, mas se sufocam em suas
próprias algemas.
Enfim,
lembremos que o autoflagelo fará sofrer sua alma, a autolibertação o trará vida
nova, liberte sua alma e esqueça suas algemas, o sofrimento é um dos caminhos
trilhados para a morte, a libertação para a luz, encontre sua própria luz.
Andréia Franco
01/05/2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sejam bem vindos ao meu blog, volte sempre!