domingo, 26 de julho de 2020

O HOMOSSEXUALISMO E O PECADO



             Inicialmente, é preciso frisar que a noção de “pecado” advém de uma perspectiva religiosa que visa privilegiar um determinado grupo em detrimento de outro, um exemplo disso é quando dizem que a heterossexualidade é normal e a homossexualidade anormal. Pensemos então que por trás de todo discurso há alguma intenção, seja de convencer, persuadir, lucrar, desacreditar, tornar imoral algo comum da própria natureza, etc.
            Se a homossexualidade acontece e é comum entre as demais espécies, por que então seria incomum somente na espécie humana? O motivo já foi explicado acima, privilegiar um grupo em detrimento de outro. Nesse jogo discursivo, enaltece-se uma casta (sistema tradicional de casamento entre homem e mulher) e prega-se que o diferente é pecado, como algo imoral, que não merece crédito, que precisa ser excluído, não inserido, talvez expulso de algum lugar, etc.
Isso acontece também quando se fala de privilégios de uma raça em detrimento de outra, como a branca e a negra, da relação homem X mulher, etc. Dizem que Jesus era um homem branco, mas se ele tivesse nascido negro, será que teria tantos seguidores? Enfim, não há discursos sem intenções, e tudo é calculado para que alguns mantenham seus privilégios e outros acabem por sustentar esses privilégios, basta estudar História para entender isso, que nada mais é que recortes de fatos passados para que possamos ter noções mais amplas e diversas do que vemos e vivemos todos os dias.
O problema é que toda essa triangulação de interesses e estratégias costuma vir “maquiada” em discursos sutis do dia a dia, como em normas para se vestir, com quem se relacionar, o que aceitar ou não, de que uma cor é superior à outra, etc. Enfim, trabalha-se muito para que a “normalidade” sempre prevaleça, já que a classe privilegiada dificilmente quererá perder sua avareza.
- Os avarentos não prevalecerão!