sábado, 30 de março de 2019

QUANDO A MORALIDADE ULTRAPASSA O VALOR HUMANO


Créditos da Imagem ao site:https://vejasp.abril.com.br/blog/pop/apelo-mc-mirella-idoso-roubo/



         Quando se fala em moralidade, pensamos logo em valores morais que norteiam nossa conduta ao longo da vida. Porém, parte de nossas condutas são carregadas por situações que, em crises de desespero, podem ser interpretadas como um grito de socorro de que algo não está bem em nossas vidas.

         Brilhantemente, Saramargo, em sua obra “Ensaio sobre a cegueira”, nos faz lembrar que, em situações de caos, as pessoas perdem a sua humanidade, restando-lhes apenas valores grotescos e insanos, onde uns se aproveitam dos outros para se beneficiar da “cegueira” (fragilidade) alheia. Ao fim da obra, os personagens que perderam a visão voltam a enxergar por terem retomado a sua humanidade, ou seja, seu amor, empatia e respeito ao próximo.
         Na sociedade atual, é notória a cegueira abordada por Saramargo, onde a moralidade se sobrepõe ao valor humano (cujo conceito define-se como: direito à moradia, ao trabalho, ao lazer, à alimentação, e outros). Tendo em vista o caos instalado na sociedade, pessoas que nunca cometeram crimes se veem obrigadas a roubar, chantagear e até mesmo matar na luta por sua própria sobrevivência, porque, de fato, viver é uma guerra constante, onde cada um se protege e até mesmo se “arma” com o que tem. Com base em nossa Constituição, é o sistema que deve garantir ao cidadão de bem o básico para ele viver dignamente. Infelizmente, na ausência do compromisso do Estado com o cidadão de bem, resta a ele lutar como um selvagem para, pelo menos, ter o que comer diariamente.
         O mundo atual está doente e sua doença é a falta de humanidade, empatia, compreensão, de se colocar no lugar do próximo. Quem nunca apanhou uma flor do quintal alheio que atire a primeira pedra. Há valores e demagogias demais e humanidade de menos. Enfim, é preciso que as pessoas retomem a sua humanidade para que a sociedade saia do caos instaurado pela cegueira coletiva.

Andréia Franco, 30/03/2019 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

O medo


Meu vídeo sobre o medo             
 https://www.youtube.com/watch?v=n-1NWHKvZQc&feature=youtu.be

Na verdade, vivemos tanto o medo e, ainda assim, temos dificuldade em definir o que é o medo, pra você: o que é o medo? Primeiro, frisamos que o medo nos é algo instintivo, faz parte da natureza animal, já que é instintivo pressentir possíveis situações de risco. Assim acontece com os humanos e outros animais, o que permite a autoproteção e até mesmo autodefesa.
Para definir o medo, imaginemos uma noite escura onde você tenha medo de sair por conta do seu medo, o que o fará permanecer na sua casa, já que ali é o seu casulo que o protege dos supostos monstros que existem lá fora. É no seu casulo onde você se sente protegido e nada pode lhe fazer mal.
Agora, pensemos no medo como uma autoproteção para evitar que algo de ruim nos aconteça. Ao sentir medo, você provavelmente preferirá um ambiente que lhe faça sentir seguro, como permanecer na sua casa até passar aquela situação que lhe cause medo. Nosso medo influencia em nossas ações, já que a resposta do nosso corpo é momentânea e instintiva, de maneira que quanto maior nosso medo, mais intensa será nossa reação, pois nosso corpo poderá responder com comportamentos calmos, chegando a crises intensas de pânico.
A aparência dos nossos medos são as formas que damos a ele, sejam eles reais ou imaginários. Às vezes, na ausência de monstros reais, nossa mente cria monstros fictícios para nos perturbar, sem falar que culturalmente nos ensinam que muitos monstros fictícios são reais, o que só aumenta o nosso medo.
Ressaltamos ainda que o tamanho do nosso medo pode ser determinante na forma com que nos relacionamos uns com os outros, podendo influenciar em nosso comportamento social, profissional e pessoal.
Enfim, o seu medo pode ter a aparência que você der a ele, podendo ser real ou imaginário.

Andréia Franco, 07/01/2019