sábado, 30 de abril de 2016

A DESGRAÇA DISFARÇADA DE MAQUIAVEL

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Maquiavel é o senhor dos senhores, ah Maquiavel, quem te conhece que te compra, mal dá conta de sua própria vida e ainda quer controlar a dos outros, pode isso?
Maquiavel tem várias máscaras, um dia ele veste a de ladrão, que ainda por cima prega sermão, a quem ousar lhe questionar o assalto a banco, cuja participação foi fato comprovado, Maquiavel também manda matar quem em seu caminho cruzar, põe medo em quem ousar lhe questionar, e como a maioria são frouxos, no jogo caem feito tolos.
Maquiavel é marqueteiro, mais marqueteiro que Maquiavel não há, sabe muito bem articular o próximo golpe que está a dar, e o sem noção ainda acredita no discurso que Maquiavel se põe a bradar, ele fala mentiras disfarçadas de verdades, eis as faces que estou a contar.
Quando os federais arrocham Maquiavel pra ele responder por seus crimes ele simplesmente se faz de vítima, se diz injustiçado, oh, estou a ser vítima de uma conspiração tramada contra minha honra, oh, mas que honra Maquiavel, tu te disfarças de vítima quando lhe convém, vai Maquiavel, vai e deixa a honra, ela nada fez contigo.
Mas Maquiavel se põe a brigar, contra todos que contra ele ousar não aceitar seus mandos e desmandos, Maquiavel diz ser mais inteligente que jumentos falantes, esquece que é mortal, pobre Maquiavel, tem espírito de porco, é um desengonçado que não sei no que vai dar, mas Maquiavel acredita nas suas traquinagens, brada Maquiavel, ele quer ser servido, ter tudo nas mãos, oh Maquiavel, quanta falta de grandeza, tu queres o que é do outro roubar e nem trabalho suado queres se esforçar.
Maquiavel quer chegar ao poder, vai Maquiavel, vai que o poder satisfará seu ego de super-herói, Maquiavel quer se dizer nobre, nobreza para uns significa dinheiro, para outros honestidade, mas fale da honra de Maquiavel e verás o inferno que ele está a trilhar, para caíres no submundo, cujas ameaças não há de faltar, vai Maquiavel, vá ao teu trono tentar conquistar, assaltante de banco no poder, eis a lição, roubará seu povo até seu último tostão, vai Maquiavel, tem trouxa que em ti está a acreditar, eis a razão de Maquiavel bradar, precisa fazer-se líder de sua nação.
Maquiavel faz o jogo que está a bradar, se faz de vítima para bem na fita ficar, assim sua ficha ele está a limpar e ainda paga uma de vítima, escuta o que estou de bradar. Vai Maquiavel, vai que o caminho é longo, tem muito trouxa que em tu está a acreditar, vai-te.
Maquiavel sai com seu jeito desengonçado, mais desavergonhado que Maquiavel não há, ele se diz vítima quando sua batata está prestes a fritar, o pior é que o danado ainda sai ileso, eis a trama que Maquiavel se esforça em arquitetar, Maquiavel se diz peixe grande, ah Maquiavel, grande é tua língua que fala pelos cotovelos, Maquiavel se esforça em discursar, mas ele fala muita abobrinha, vira piada, o povo não perdoa, fazem tudo quanto é montagem para o povo de Maquiavel lembrar, e assim o povo ri de sua própria desgraça, pois isso é instrumento de distração, e o povo se distrai, enquanto Maquiavel em seu dinheiro está a passar a mão, e Maquiavel passa a mão no dinheiro de seu povo, manda pra outros países, enquanto o povo ri da distração tramada por Maquiavel, o povo ainda é taxado de burro em rede de televisão.
Dizem que o mundo é dos mais espertos, e de fato é, enquanto o povo ri, Maquiavel no seu dinheiro está a passar a mão, vai pra Paris de avião, dizer que vai representar a nação, e Maquiavel paga tudo com o cartão, cuja fatura é debitada nos impostos da nação, Maquiavel faz o povo de trouxa, eles são muito sem noção. Enquanto o povo briga, Maquiavel está a gastar até o último tostão, dizem não se interessar pelo assunto, permitindo Maquiavel fazer usufrutos dos esforços de suas mãos.
Maquiavel faz chantagem, é expert em trambiques, eis o jogo para melhorar sua imagem. Mas quando o povo acordar, Maquiavel perderá seu trono, eis o que estou a contar, terá que fazer suas malas, o povo num momento de fúria de seu trono o irá expulsar, e Maquiavel se sentirá um Zé ninguém. Sem trono, regalias e sem dinheiro, Maquiavel se sente igual aos outros, um sujeito disfarçado de ninguém.
E Maquiavel volta a ser um sujeito comum, só que agora atrás das grades, terá que pagar pelos crimes que cometeu a sua nação. Vai Maquiavel, o camburão é logo ali, ele está a lhe esperar para fazê-lo ocupar seu novo trono, uma cela lhe espera, é lugar de ladrão. Vai Maquiavel.

Andréia Franco
30/04/2016.


sexta-feira, 29 de abril de 2016

RELIGIÃO É FILOSOFIA DE VIDA

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         A temática abordada neste texto diz respeito ao que se entende por religião, cujo termo nos remete mais propriamente a filosofia de vida, seja ela qual for.
            A religião nada mais é que uma filosofia de vida, pessoas nascem, crescem e morrem, tende a viver em grupos, precisam interagir com os demais do seu meio e por isso são facilmente influenciados.
            Entendamos que livros são escritos, impressos e divulgados por homens, assim como a noção de que há ou não vida após a morte é nada mais que ideologia criada para se difundir tal ponto de vista. O autor criador, disfarçado de narrador, é o Deus soberano de sua obra de arte, ele tudo sabe e tudo vê, cujo discurso por ele narrado poderá lhe causar sensação de medo, tristeza, terror, alegria, etc., e isso é um fator normal, a verossimilhança da obra de arte chega a nos dar a impressão de que o escritor descreve com fidelidade a própria realidade, a ponto de confundirmos que a ideologia ali pregada com o real, já que os argumentos ali presentes são tão persuasivos que você, na posição de leitor, de fato acredita. Ora, escreva você sobre um acontecimento de seu dia a dia, acrescente seres de outro mundo, animais falantes, deixe seu espírito de artista aflorar e verás como são feitos os livros, inclusive os religiosos, cujos seres criados são elementos que estão ali para prendê-lo à leitura, para fazê-lo acreditar que aquilo de fato aconteceu um dia, mesmo que seja mera ficção, e você acreditará por ter firmado o pacto com o autor, pois para que a leitura flua é preciso haver o pacto entre autor-leitor, onde o autor, disfarçando-se de narrador dentro do texto emitirá uma mensagem que deverá ser entendida como verdade, e você acreditará que aquilo seja verdade porque a verossimilhança dos fatos ali narrados te transmitem essa impressão de realidade, e você, como difusor da informação, passará a divulgar aquilo como verdade, já que a própria noção de verdade é algo relativo, o que é verdade pra mim pode não ser pra você.
            A doutrinação nada mais é que um esforço em se difundir determinado pensamento/ideologia em detrimento de outras, e pessoas fazem coisas pelos mais diversos motivos, como o lucro, a busca pelo poder e domínio sobre os demais. Perceba que pessoas, por serem ambiciosas, quanto mais elas têm mais elas querem, a ponto de, alimentado pela cobiça, querer até mesmo o que é do outro, já que se você tem bens conquistados pessoas despertam interesses em querer possuí-los, ainda mais se sua renda mensal é um tanto satisfatória, daí o Maquiavel aflora pra querer exercer domínio sobre você, bem como usufruir dos resultados de seu suor, pois pessoas e instituições se disfarçam de boas para colocarem em prática seus mais sórdidos planos contra a humanidade.
Frisamos ainda que o homem tenderá a manipular os fatos de acordo com seus interesses, pois nisso se fundamenta a arte da eloquência, a do bem falar e do bem escrever. A manipulação do discurso é o que mantém viva as diferenças culturais e sociais, movimentando e propagando essa arte que tanto nos encanta e dissemina as mais diferentes formas de se enxergar e compreender o mundo. O bonito da eloquência é o fato de ela, além de discurso, nos fazer se sentir dentro do discurso, como se fizéssemos um retrocesso ao tempo, e participássemos dele, como testemunhas oculares dos fatos ali narrados.
A religião, em seu âmago, é sim uma filosofia de vida, pois o fato de o ser humano querer ser aceito pelos demais o faz aceitar determinadas imposições grupais, o que nada mais é que um instinto de sobrevivência, temos que sobreviver no mundo de alguma forma e tentar ser aceito pelos grupos que nos cercam é um caminho trilhado por muitos, já que dentro desse mundo sórdido, de pessoas sórdidas e tendenciosas, grupos tendem  a transmitir a noção de que protegem uns aos outros, e os demais que se danem ou morram na sarjeta, como dizem.  
É a mais pura contradição, pregar o amor ao próximo e desejar ao resto que se f...., pessoas se disfarçam, elas usam máscaras de seres melhores ou piores, assim como o lobo mau se disfarça de cordeirinho , de modo que até mesmo a noção de bom ou mau também varia de grupo para grupo, onde é mais que normal taxarem como bons quem faz parte de seu grupo e como maus os demais, o que é uma ousadia tremenda, mas que funciona para se propagar o ódio e a guerra entre os indivíduos. Ora, falam de paz e propagam a guerra, onde a paz passa a ser uma mera utopia e motivo para se guerrear, mas essa paz, ao invés de ser algo terreno, faz parte de outro plano, onde você terá que morrer para ter paz, essa paz nunca chega, olho aberto.
O mau da propagação de tanta informação é a desinformação, pessoas querem ter liberdades, pra isso se dizem licenciados, pois alguns livros os dão liberdades para cometerem as mais diversas atrocidades contra a vida alheia, como se tudo fosse justificável. Psicopatas para atuar precisam de fundamentos, é em determinados livros criados pelos mortais que eles encontram fundamentos e justificativas para tudo, já que estudar nossa lei maior, os DIREITOS UNIVERSAIS DO HOMEM, eles não querem, pois o homem, movido pela ganância, quer lucrar nem que seja com base na desgraça do outro, porque a desgraça alheia nada mais é que divertimento para seres frios e que não tem compaixão ao outro, você chega a pensar que o sujeito é bom, mas o que é bom pra ele pode não ser pra você.
Vivemos num mundo onde um parece querer derrubar o outro, onde as pessoas convivem mais como inimigos que como amigos, de modo que a noção de paz e de Direitos Humanos é nada mais que uma utopia, mas entendemos que não devemos dar asas a cobras, elas avançam, ou você mata a sua cobra pela cabeça ou ela te domina, tire da sua vida os males que lhe rondam, mate a sua cobra, não estou dizendo aqui para matar pessoas ou fazer algum mal a elas, mas se elas pregam a paz e propagam a guerra é porque de fato há algo errado, talvez com elas mesmas, é preciso se afastar e deixar de lado tudo que lhe traga sentimentos ruins, que o faz sofrer, não maltrate ao seu corpo e a sua alma, você é o responsável pela sua vida, você é seu próprio Deus e guia. Cada um sabe de sua vida e de sua história, tem que ser maduro o suficiente para saber o que é melhor pra si mesmo. O mundo nos impõe limites, limites também devem ser impostos ao outro, se você não dominar a sua cobra ela poderá até mesmo tirar-lhe a vida, seu bem mais precioso, é matar ou morrer, mate a sua cobra antes que ela lhe mate.
Portanto, não sei quem é você, meu caro leitor, não conheço sua história, mas a lei do retorno nos silencia, quem vai a guerra pra matar também vai para morrer, quem bate também apanha, ódio se retribui com ódio, amor com amor, talvez seja hora de revermos nossos paradigmas e filosofia de vida.
Forte abraço.
Andréia Franco
29/04/2016.



quinta-feira, 28 de abril de 2016

A PROLIFERAÇÃO DO MEDO

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O medo é um sentimento bastante difundido dentro da história da humanidade, cuja intensidade varia de uma cultura/época a outra.
Podemos dizer que a história do medo acompanha a história da humanidade, já que este é um sentimento nato do ser humano que sempre existiu e vai existir, é nada mais que autodefesa ou alerta de nosso corpo a uma possível situação de risco ou perigo. Por essa mesma razão que ele é tão disseminado, de modo que a pessoa sentindo medo ou intimidada acaba sendo mais fácil dominá-la, freá-la e/ou eliminá-la.  
Uma das formas mais fáceis de propagar o medo é através dos livros, já que eles podem ser facilmente impressos, editados e difundidos, visando lucros, é claro. Entendamos que se determinados grupos se pautam demasiadamente num determinado livro, pode haver algum interesse oculto por trás do ato supostamente caridoso, pessoas fazem as coisas pelos mais diversos motivos, um deles é o lucro.
 Lucrar e ter poder são um dos grandes interesses do ser humano, pois isso alimenta seu ego, sua vaidade e vontade de ser mais e melhor que o outro. Nessa luta, pessoas matam e morrem, tudo em razão da ganância que brota nas veias do homem, tornando-o sórdido, vingativo, assassino e destruidor de lares.
Outros motivos para a difusão do medo é o desejo do outro de tornar você incapaz e manter o controle sobre sua vida. Sim, você pensa que tem o controle sobre sua vida, mas tudo é uma utopia, há planos ocultos não revelados de grupos que dominam a indústria da alimentação, remédio, mídia, etc., que trabalha incansavelmente para torna-lo uma célula “morta” na sociedade, ou seja, um ser incapaz e psicologicamente dominado, plano este que de fato funciona, perceba quantos casos temos de pessoas que sofrem de depressão e outras doenças psicossomáticas nos dias atuais. Um dos motivos do suicídio/inaptidão do sujeito é justamente a depressão, note como o que eu falo faz sentido.
Entendamos que fatos podem ser facilmente manipulados, bem como seus resultados, ou seja, você passa anos pensando que determinadas coisas que estão em alguns livros são 100% (cem por cento) verdade e chega numa certa idade e percebe que tudo aquilo que você tanto acreditava mal passou de uma historinha mal contada.
 A verdade contada nos livros, principalmente de estórias, difere dos fatos do mundo real, elas são verossímeis, não reais, por isso estão sujeitas a manipulação, conforme os interesses do autor criador do texto e até mesmo do grupo que vem difundindo tal obra. O fato de um escritor te contar uma história não significa necessariamente que tudo aquilo que está no livro aconteceu na vida real, já que tudo é passível de manipulação, até mesmo a noção de verdade, pessoas diferentes vão ter noções distintas de verdade, por isso conhecer os dois lados da moeda é sempre mais viável que ficar num livro só.
Retomando ao tema, quando um animal perigoso, como o homem, por exemplo, te ataca qual a reação mais normal que você tende a ter? Ora, o medo, já que as chances de recuarmos são grandes, perceba então como a propagação do medo age sobre nosso subconsciente a ponto de nos controlar.
 O medo se caracteriza por ser um sentimento abstrato e, como tal, é também uma ferramenta bélica usada para extirpar/expulsar o inimigo de territórios a serem dominados por determinados grupos, eis a guerra mais grandiosa da vida, lutar contra nossos próprios medos e aflições a fim de sobreviver num mundo desigual e bárbaro, de modo que entendemos aqui por guerra desde as contadas nos livros de história, até mesmo a luta diária do ser humano, batalha essa digna de ser narrada, difundida e propagada ao longo das gerações.
Dizer que o sentimento do medo um dia vai ter fim é uma utopia, mas podemos amenizar seus efeitos, lutando contra nossos próprios medos e harmonizando nosso espírito para ter melhor controle sobre nosso corpo e nossa mente.
É preciso entender que pessoas com medo são mais fáceis de serem administradas, e isso não é vergonhoso porque é instintivo, agimos por instinto, a natureza humana tem seu lado positivo e negativo, é natural. Abrace o seu medo, fortaleça-se com ele, faça dele sua base para ser uma pessoa mais forte e melhor.  
Em suma, todo ser humano tem algum tipo de medo dentro de si, é preciso tratar o seu medo para que ele não acabe com seu sorriso e sua estrutura familiar, ou você o domina, ou ele domina você.

Andréia Franco
28/04/2016.



quarta-feira, 27 de abril de 2016

A REVOLUÇÃO E A CONTRA-REVOLUÇÃO: SOMANDO PARADIGMAS



A temática adotada neste texto visa dar conta, de modo superficial, de questões relacionadas à revolução e contra-revolução dentro da história de um país.
Primeiro, entendamos os termos aqui defendidos: revolução, como o próprio nome já diz, faz referência ao ato de revolucionar; já o termo contra-revolução nos remete a acontecimentos de caráter político, religioso, etc., que diz respeito ao ato ou efeito que vai contra a revolução de uma nação. Por exemplo, nossos trabalhadores ganharam direitos, vieram políticos que ao tomarem o poder assinaram decretos e leis suprimindo tais direitos do povo, eis aqui uma contra-revolução, pois nos dão a impressão de que estamos retrocedendo no tempo. Não bastasse o fato de nossos políticos serem pagos com o dinheiro de nossos impostos, assinam leis para prejudicar o povo, onde muitos trabalhadores terão que ir à luta para brigar por seus direitos que foram suprimidos, ao invés de evoluirmos e conseguir cada vez mais direitos, a classe trabalhadora sai prejudicada, temos aí o exemplo do maior sobre o menor, ou seja, do sistema contra o sujeito, e assim a opressão nos sufoca e nos traz essa ideia de estar caminhando contra, não a favor da revolução. Daí você se pergunta para quê esses sujeitos são pagos e o que eles fazem ao assumir seus cargos, bom, talvez seja para proteger seus partidos e aliados, o povo oprimido e com medo de se manifestar é massa de manobra.
Falemos verdades, o mundo é governado por pessoas, de modo que há histórias dos mais diversos tipos, todas criadas também pelo homem, verossímeis ou não com o real, cujo discurso é manipulado e persuasivo conforme os interesses de quem cria: o autor. Então, créditos, por favor, ao autor e não a seres sobrenaturais, quem cria merece prestígio, prestigiemos nossos autores, pois eles levam parte de suas vidas para nos presentear com as mais belas obras de arte.
Seguindo tal raciocínio, é de se presumir que nossas leis, assim como muitas histórias, pelo fato de serem administradas pelo ser humano, sejam tendenciosas, visando favorecer mais um grupo que outro, por exemplo: mais ao homem que à mulher, ficando aqui claro que a manutenção do poder a determinados grupos/partidos é de fundamental importância, que por isso há diferenças no cumprimento da lei, ainda que nossa constituição diga que “todos são iguais perante a lei”, conceito esse um tanto utópico.  
Enquanto você passa o dia se martirizando/dispersando com coisas banais, seus direitos vão indo pelo ralo caso você não fique esperto e se manifeste, a opressão tem justamente essa função, frear e oprimir seus direitos. Daí você se pergunta por que nada muda, ora, você mal gosta de sair do seu sofá e ainda reclama, a tendência é padecer mesmo, a mudança precisa da força popular, sem força popular não há pressão ao sistema para que revoluções significativas aconteçam. Levante-se da sua cadeira e pare de mimimi, mudanças acontecem com esforços e conquistas de um povo, e vamos parar um pouco de reclamar, assim nem o Maquiavel te aguenta!
Resumindo, os cidadãos passam anos, décadas, séculos para conquistar direitos, daí chega num dia, você elege um sujeito porque você foi com a cara dele e parece ser simpático, e ele, ao ganhar poderes, usa sua caneta para ferrar a vida do trabalhador que paga o seu salário e o elegeu, se brincar ele ainda te chama de burro em rede nacional e você tem que ficar quieto, quem o colocou lá foi você, não é à toa que dizem: “dê poderes ao homem e saberás quem ele é”.
Enfim, revolucionar é um ato de coragem, agora ir contra a revolução mais parece um plano sádico de uma minoria para se manter no poder.

Andréia Franco
27/04/2016.

ENQUANTO O POVO BRIGA, OS RATOS FAZEM A FESTA



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Esse texto se justifica em razão de as pessoas perderem muito tempo com discursos de ódio e com brigas desnecessárias enquanto os ratos dominam seus lares sem que ao menos se deem conta.
Quanto aos termos aqui abordados, façamos uma leitura sobre a terminologia “ratos”, que significa mamífero pertencente à família dos roedores. Uma das características desse ser peçonhento é agir no escuro, enquanto dormimos, pois é neste momento que eles invadem nossas casas. Além de ser perigoso, ele também destrói e contamina as coisas boas que guardamos.
Agindo no escuro, não percebemos a ação dos ratos, eles vêm e vão sem ao menos nos darmos conta, tudo é feito às escuras, quando você se dispersa ele ataca, deixando suas fezes contaminadas que, se não tomares cuidado, transmite doenças contagiosas a você e a sua família.
Ao lidar com ratos, pensemos, ou você o mata ou ele te derruba, ou você ou ele. Entre o matar ou morrer está você (in)existindo, deixando ele procriar ou terá que dar um basta final para eliminar com toda a raça desses animais dentro de sua casa. Terá que tomar sua decisão e preparar uma armadilha para pegá-lo, sabendo você que ratos se mata pela boca, você faz de conta que dá carne e dá veneno, você precisa ser esperto para eliminar esse bicho peçonhento da sua vida.
Enquanto o rato age pelas beiradas, está você brigando, sem ao menos perceber a sua presença, mas ele está ali, te vigiando e te cercando, querendo exercer domínio em seu território e, se você não cuidar chega a perder o controle de sua própria casa.
A briga nada mais é que um instrumento de distração, como se ele fosse o dominador e você o dominado, ou seja, é ele quem está dominando a sua casa, sem você perceber, não você. O rato, além de nojento, é esperto, rápido, se esconde em qualquer lugar, de modo que você pode tê-lo por anos em sua casa sem ao menos se dar conta.
A sabedoria popular é mais que certa, você se distraindo ele toma liberdades para atacar, de modo que o ódio estando instalado em sua casa e na mente de sua família, você ao menos tem condições de parar pra pensar em como solucionar seus próprios problemas, ele fica te rondando, você não percebe, ele te cerca, até o dia que ele te derruba e você mal consegue se levantar.
Sua preocupação há muito tempo deixou de ser com ratos, por isso ele te domina e te roubas o que tens de bom. Num paraíso dominado por ratos eles tomam conta de todo o seu alimento e você come os restos com as fezes que eles defecam. Você chega a pensar que tudo está sob seu controle, quando na verdade ele te controla sem você ao menos se dar conta. Enquanto eles se apossam do melhor de sua casa, fica você com os restos, e terás que comer os restos dele caso não administre de maneira correta a sua casa.
Enfim, esqueça brigas e coisas desnecessárias, cuide dos ratos que vigiam tua casa, ou você os domina, ou eles o farão comer os restos que eles defecam, tome partido sobre a sua vida.

Andréia Franco
27/04/2016.

terça-feira, 26 de abril de 2016

O VITIMISMO COMO ARMA DE GUERRA



               Entendamos que o tema aqui abordado traz à tona dois tipos de pessoas: aquele que é de fato vítima, sujeito este que devemos respeito e compreensão, já que todos nós estamos sujeitos às mais diversas situações, e aquele que não é vítima, mas se faz de vítima, tratemos então do segundo.
            Para entender o vitimismo caminhemos pela psicopatia, pensemos nos genes que só um psicopata tem capaz de torna-lo o mais frio dos assassinos, calculista, persuasivo, intimidador, estratégico, sem compaixão, sádico, elitista, querendo sempre se dar bem custe o que custar. Por conseguinte, agora entendamos o conceito de guerra, que nada mais é que uma batalha onde se mata e se morre, de modo que os que sobrevivem são vistos como vitoriosos, sagazes, eis a batalha mais grandiosa do homem, lutar num mundo desigual, sendo induzido a ser mais astuto e estratégico que o outro para não perder seu espaço, exemplo esse da luta constante e desafiadora que somos constantemente submetidos. Ou você luta e sobrevive, ou terá que amargar na sarjeta, levando também sua família para o fundo do poço, sem a mínima dignidade, já que num mundo capitalista viver sem dinheiro é praticamente não ter dignidade, pois ver faltar o pão de cada dia à mesa o faz se sentir o mais miserável dos seres. Somos induzidos a lutar, usando meios legais ou até ilegais, já que lutar é nada mais que uma questão de sobrevivência nesse mundo sórdido, cruel, ínfimo e excludente.
            Entre o matar ou morrer está você no meio, sobrevivendo, usando de manhas e artimanhas para ter um teto, uma remuneração digna para quitar suas contas mensais e assim se tranquilizar, dizem que nossos exemplos vêm de cima, não, vem de baixo, há muita gente mais honesta que alguns que ocupam cargos vinculados ao poder. Nobreza virou sinônimo de dinheiro, não de honestidade, de modo que tal conceito se fundamenta desde nossos julgamentos com relação ao outro até pelo uso dos meios mais insanos para se alcançar o poder.  
A mente do psicopata vai se desenvolvendo quando ele vê que a frieza é seu aliado e que, se aproveitando do fato de as pessoas se sensibilizarem com injustiças sociais, ele se faz de vítima para ganhar sua confiança, se inocentar de algum mau/crime que tenha praticado ao outro e ainda promove sua imagem, fazendo o outro acreditar que ele seria uma boa pessoa. É de fato um estrategista ardiloso que pode chegar a ocupar cargos de altos salários, ele sabe quando atacar, quando recuar e quando chorar, falsamente, é claro, e você comovido ainda acredita, é mole!
Frisamos ainda que quando o psicopata coloca sua verdadeira máscara e mostra seu lado maquiavélico ele tende a querer sempre mais, já que ele precisa alimentar sua fome de poder e dinheiro. Contam que o mundo é dos mais espertos, mas esperteza demais traz problemas, e cadeia, inclusive, é preciso cuidado, dizem que não há crime perfeito, há crime mal investigado ou mal resolvido, eis o momento em que um simples palito de fósforo faz acender um verdadeiro barril de pólvora, digo, escândalo.
Ao confiar no psicopata você começa a dar liberdades a ele, momento esse que a cobra parece criar asas, pois ele, no fundo, só vai querer o próprio bem e de seu grupo, não o amor ao próximo, mesmo que ele seja um suposto pregador do amor ao próximo. As pessoas se disfarçam das mais diversas formas, tentar entender o que está por trás de seus atos/olhares já é um bom caminho para desnudar o comportamento alheio.
O psicopata surge da escuridão porque ele quando aparece faz você acreditar que ele será a luz dos seus problemas e da sua vida, bem como de um país, e quando ele adquire poder é onde a cobra começa a dar o bote, do nada ele começa a mexer nas leis, direitos trabalhistas e de propriedade privada e pública, a influenciar no ensino, de modo que quando você se dá conta do erro que você cometeu em ter acreditado no sujeito percebe que isso já está mexendo no seu bolso e no sustento de sua família, chegando à situação de um caos iminente em razão de um suposto projeto de poder maior. Dependendo da posição que ele ocupa, ele começa a se apossar de tudo que um dia você trabalhou para construir, querendo derrubar tudo e todos que estiverem em seu caminho. Entre o matar ou morrer, ele prefere matar e tirar, de forma (i)lícita, todos que se esbarrem no seu caminho, pois planos, por mais sórdidos que sejam, precisam ser cumpridos, não importando quantas vidas serão ceifadas, assim pensam os psicopatas assassinos.
Chegamos numa época que a vida humana parece ter perdido o valor, onde se mata por motivo fútil, o ódio está instalado a ponto de sermos hoje uma geração de doentes, de modo que tantos sentimentos ruins no indivíduo o tornam além de um propagador do ódio, um ser também doente, fator este que pode chegar a adoecer também quem o cerca, é uma doença silenciosa que contamina e rouba a tranquilidade e paz de nossas famílias. Instalado o ódio, pessoas não dialogam entre si, simplesmente não há acordo, ou se mata ou se morre, levando muitas vidas e sonhos nesta sangrenta guerra que é a batalha da vida. Entre o viver e morrer está o existir, se eu não opino passo a ser apenas uma célula que, doente, não vai “existir”, eis um dos motivos mais sórdidos para propagação do ódio.
A vitimização do “eu” nesse quesito tem função importante, onde além de assassino o “eu” se faz de vítima, e você cai no papinho dele e ainda se emociona, oh! Se brincar o psicopata lhe rouba sua casa, o sossego, a esperança e todos os sentimentos bons que lhe resta, fazendo você se sentir um nada, pois o nada, pra ele, terá mais valor que você (seu opositor, suposto inimigo). Assim como se aniquila cobras, ele vai querê-lo aniquilar, a você e a sua família, da forma mais cruel possível, e uma forma de ele te destruir é fingindo ser seu amigo e bom aliado, não é à toa que populares dizem “tenha a seu lado seu pior inimigo”. Enquanto pensas que ele está a lhe ajudar, eis a cama mais peçonhenta que está ele preparando para fazer-lhe deitar, usando de meios lícitos e ilícitos para tomar o que tens, para tirar-lhe o emprego, estabilidade financeira, familiar e emocional, para que você vá parar na sarjeta, já que ele agindo com frieza não terá dó nem compaixão de você e de seus filhos/família, pois a vingança é um prato que se come frio, divertir-se com a desgraça alheia é entretenimento para aqueles que detêm os genes da psicopatia.
Dentre as armas do psicopata está o vitimismo, ele faz cena porque é estratégico, você cai como patinho e acredita. Você chega a confiar nele porque pensa ser ele seu amigo e/ou representante, por isso ele o apunhala pelas costas, pois sabe o que te faz sofrer e o que temes, você abre sua vida a ele e ele usa isso como instrumento para te chantagear ou fazê-lo se sentir mal, e assim muitos passam anos sendo chantageados.
Um vitimista tende a calcular cada passo que vai dar, muitos chegam a assaltar e roubar bancos e caixas e, com ações da justiça para desmascará-lo, vai dizer estar sendo perseguido por opositores, o que é pior, o fará se sentir um opositor por você não concordar que bandido fique fora da cadeia. Depois vem as encenações teatrais, onde aparecerá aos prantos em determinadas páginas de jornal para causar comoção social e dar uma de bonzinho, e enquanto você se emociona acreditando que ele esteja supostamente falando a verdade, ele vai rir da sua cara e te tachar de otário porque mais uma vez você acreditou na pessoa errada, pois um de nossos maiores erros sempre é acreditar na pessoa errada.
Portanto, o vitimismo, além de uma estratégia, é uma arma de guerra para o psicopata tentar sair ileso dos erros/crimes que ele tenha supostamente cometido, como também mantê-lo sob seu domínio. 
Andréia Franco

26/04/2016

A LOUCA DE CABELO PIXAIM

                           Créditos da imagem ao site: http://pt.depositphotos.com/6316557/stock-photo-furious-woman.html


Vim hoje me manifestar nesse texto para mostrar o quanto nosso comportamento é influenciado pela mídia, induzindo-nos a não aceitar nossos próprios defeitos, que dirá o dos outros.
Trabalhemos primeiro os termos em questão, comecemos por louca, que diz respeito à pessoa que perdeu a razão, irracional, maluco, demente, etc., já o termo pixaim nos remete a pessoas que não tem o cabelo liso, já que o cabelo liso é nos apresentado pela mídia consumista como normal, ou seja, com todas as misturas de raça que há nas mais diferentes sociedades, nos manipulam a tal ponto de nos fazer acreditar que não ter o cabelo liso é de fato coisa surreal, não normal, o que acaba por nos fazer acreditar que nascer com cabelos encaracolados não seria normal, o que é um erro proposital para induzir nosso corpo a se utilizar de procedimentos estéticos cada vez mais caros e arriscados à nossa saúde.
Acabamos por crescer almejando ter o corpo e o cabelo do outro, o que não passa de uma ideologia, já que por mais parecido que você seja ao outro, você nunca será o outro. O errado já começa aí, a diferença que deveria ser um atrativo que facilitaria a interação entre pessoas, acaba por ser motivo de distinção, apartando, separando e classificando indivíduos com nomes taxativos e pejorativos, de modo que essa separação se dá das mais diversas formas, desde em nossas próprias casas, ao lado de nossa família, como também nos mais diversos lugares que frequentamos, até nos atingir no mundo virtual, onde vivemos relações virtuais.
Noutras palavras, acabamos por crescer frustrados, pois sempre estamos insatisfeitos com algo em nosso corpo, se espelhando sempre no outro, como se o outro fosse sempre melhor e você um mero reles que precisa copiar comportamentos para de fato ser e se sentir alguém, o que não passa de uma ilusão, somos o que somos se espelhando ou não em determinadas pessoas. O pior é perceber que tais pessoas na maioria das vezes nem sequer faz parte de nosso cotidiano, são ideais projetados através do marketing para que tenhamos a impressão de que para nos sentirmos bem precisamos usar a mesma tinta de cabelo, roupas, sapatos, etc., que tais pessoas usam, bem como fazer aplicação de substâncias estranhas em nosso corpo, cirurgias dos mais diversos tipos, enfim, é uma insatisfação tamanha que, se não bem administrada, pode nos custar a vida. Vale lembrar que a indústria, além de salvadora, também é assassina, há interesses ocultos por trás da manipulação de massa, e um deles é o financeiro.
É de se considerar que há coisas que jamais se muda numa pessoa, e uma delas é a personalidade, individualidade, etc., mas somos tão manipulados a ponto de desejar ser/ter o que não somos/temos, quem tem cabelo muito liso quer fazer cachos, quem tem cabelo encaracolado quer ficar com cabelo liso, enfim, sempre estamos insatisfeitos com algo que há em nós mesmos, assim a indústria da estética funciona. O pior de tudo é ter que admitir que a própria normalidade tenha passado a ser visto como um ato da loucura, a ponto de pessoas que não se rendem a esses estereótipos serem taxadas de loucas simplesmente por não copiarem e/ou se comportarem da forma como todos os demais, eis a pior de todas as ignorâncias.
A junção da terminologia “louca” e “pixaim” neste texto se justifica em razão do fato de que se não nos rendemos a essa indústria assassina, acabamos por sermos taxados de loucos, pois as pessoas internalizaram tanto os moldes projetados pela mídia como ideais que não se render a esses ideais chega a ser visto propriamente como um ato de insanidade mental.
           Portanto, espero que as ideias aqui discutidas nos sirvam para que possamos rever/reavaliar no quanto os ideais projetados pela mídia influencia em nossa vida cotidiana.
Andréia Franco
26/04/2016.


segunda-feira, 25 de abril de 2016

VITIMISMO É GOLPE



Falemos hoje do vitimista, sujeito este que se faz entender por vítima, cujo termo é denominado para rememorar indivíduos que  dizem sofrer em decorrência de supostas conspirações, ritual sagrado, forças do além, ferida, violência, tortura e/ou assim por diante.
            A suposta vítima nada mais é que um coitado, pelo menos é isso que ele quer fazê-lo acreditar. Por trás do discurso vitimista está um verdadeiro marqueteiro, já que ele é estratégico, quer se autopromover, cujo comportamento consiste num marketing pessoal e/ou de grupo. Deixemos claro que nos tratamos aqui da vítima que se faz de vítima, mas não é vítima.
 Sigamos nosso raciocínio ao perceber, por exemplo, pessoas que sofrem de determinados distúrbios psicóticos, como esquizofrenia, psicopatia, etc., vejam como o vitimismo impera, eis o lugar fecundo onde esse tipo de discurso é formado para transmitir uma impressão de que tudo e todos conspiram contra eles, as supostas vítimas, e haja paciência para escutar tantas lamentações.
 O discurso vitimista tem a função de blindar o “eu” em detrimento do "outro", pois entre o “eu” e o “outro” antes o “eu”, assim o “eu” se autopromove, não é à toa que pessoas cometem as mais extremas barbaridades e ainda se fazem de vítimas, como se elas estivessem se auto inocentando de tudo de ruim que um dia cometeram, já que o sentimento da culpa é um verdadeiro fardo. Você aí, que fica se culpando pelo que não deu certo em sua vida, perceba porque o vitimista na maioria das vezes se dá bem, se faz de coitadinho, faz cena para causar comoção social e ainda sai ileso dos supostos crimes que cometeu. O que é pior, ainda acusa o “outro” de perseguição, como se o “outro” fosse o culpado, não o “eu”.
  Enquanto o sujeito chorão mal consegue sair de casa pelos fardos que carrega, o vitimista é estratégico e se autopromove pagando uma de vítima, o pior é que ele tende a se dar quase sempre bem por isso. Não bastasse, friso ainda que o discurso vitimista é intimidador e manipulador, capaz o suficiente de fazer o “outro” se sentir culpado por uma coisa que ele nem mesmo fez. Veja como às vezes te dizem: “se não fizeres ........ acontecerá ............ com você”, e você, ao se sentir intimidado e com medo que a tragédia anunciada recaia sobre sua vida, acaba por acreditar e faz o que o intimidador pede. Isso nada mais é que uma estratégia de manipulação, onde o vitimista lança mão de uma série de discursos, fazendo você se sentir culpado até mesmo pelos supostos crimes/erros que ele cometeu, e funciona.
Daí você ao acreditar em falsários começa a se perguntar o que há de errado. Ora, o errado foi ter acreditado no falsário, já que ele se caracteriza por ser o indivíduo que não fala a verdade. E daí eu te pergunto o que é a verdade? Bom, a verdade é um conceito que varia, o que é verdade pra mim pode não ser pra você, então é de se presumir que para o falsário o que ele diz, ainda que mentira, deve ser entendido como verdade, o que é pior, faz você acreditar que o que ele diz é uma verdade. Ah, haja paciência para aguentar lamurio de crocodilo.
O resultado de tudo isso são as páginas de jornal, enquanto o coitadinho está de fazendinha nova e andando de carrão do ano, tá você a pé, de bicicletinha ou num carrinho velho, vivendo aos trampos e barrancos, contribuindo para pagar contas do dito coitadinho, acreditando ser ele um coitadinho que não tem nem onde cair morto.
Tenha a santa paciência, isso só pode ser golpe, estou-me a ir, esse papo já deu o que tinha que dar. Bye.

Andréia Franco
25/04/2016.


domingo, 24 de abril de 2016

O MAQUIAVEL E A GLÓRIA!



                                                                  Créditos imagem a site:



Gente, falemos a verdade, só a Glória pra aguentar Maquiavel, ô danado, ele apronta as dele e chama a Glória: “- Ô Glória, onde cê foi pará minha fia!”
Maquiavel é gente “loca”, se faz de besta quando não passa de ladrão, mais esperto que Maquiavel não há, escute o que estou a falar! Maquiavel sábado a noite vai pra balada e só chega de madrugada, no outro dia está na igreja pregando a Glória, dizendo ser uma imagem purificada, ô Glória!
Maquiavel pede a bênção pro seu pai e sua mãe, diz será um dia uma criatura beatificada, ô Glória, a Glória de repente some e ele fica na inglória. Ô bicha danada!
Maquiavel faz valer seus direitos, pede esmola e dá a Glória, Glória ao talão de cheque, Glória ao dinheiro na conta, Glória ao centro da (In)Glória, Glória ao carro na garagem, Glória ao povo da (In)Glória, Glória à maleta cheia de notas da (In)Glória. Ô Glória!
 Maquiavel vai viajar com o talão de cheque da (In)Glória, quando ele não quer pagar ele diz dar a benção da Glória, e a Glória salva Maquiavel. Maquiavel dá em cima da Glória às escondidas, diz falar em nome da Glória. Ô Glória, salva Maquiavel!
Maquiavel diz ser vítima da (In)Glória, conta ele dar Glória e receber inglória. Ô Glória, salva Maquiavel da inglória da Glória! A Glória é uma verdadeira inglória a Maquiavel, o faz padecer na inglória de sua própria Glória.
Enquanto Maquiavel faz sermão a Glória cuida do caixa, eis o preço da inglória para se alcançar a Glória. Maquiavel samba no pianinho para receber esmolas da (In)Glória, enquanto tiver trouxa para acreditar no Maquiavel ele vai pedir esmolas pela suposta Glória.
Maquiavel faz tudo com base no livro da (In)Glória, a farsa que engana a Glória, mas não o livra de sua própria (In)Glória. Maquiavel pede sexo em troca da Glória, diz salvar Glória de sua própria inglória. Maquiavel troca sexo por Glória, assim diz o livro da Glória, cometer atos bárbaros em nome da Glória não é pecado, Ô Glória!
Maquiavel engana Glória porque ela se deixa enganar. Em nome da Glória, Maquiavel diz tudo ser possível, venhamos então a roubar, ainda há trouxas que estão na Glória acreditar. Ô Maquiavel, palhaço é quem tu enganas e ainda os fazes tuas contas pagar, inglória se paga com Glória, escutas o que estou a bradar.
Enganas-te Maquiavel que por toda vida em tua falsa Glória vão acreditar, quando a Glória melhor se informar, verás que tu estás a roubar em nome de uma falsa Glória, a verdadeira Glória um dia terás que acordar.
Vai Maquiavel, vai e deixa a Glória, vá estudar e trabalhar, um dia sua esmola seca e terás que trabalhar. Vai-te.


Andréia Franco
24/04/2016.







quinta-feira, 21 de abril de 2016

O relativismo do termo “Bela, recatada e do lar”



             De início, entendamos que na vida tudo é relativo, de modo que a inconstância e possibilidade de variação de tais termos trazem à tona debates e sentimentos arraigados na cultura social, um deles é a rejeição.
                Em razão disso, tudo o que venha a despertar sentimentos de tal natureza no público, em questão de instantes, pode se tornar viral nas redes sociais, uma vez que “para toda ação há uma reação”, seja ela positiva ou negativa. Para fazer fogo, basta um palito de fósforo. Assim é a mídia, querendo pregar a ideologia da mulher perfeita, já que até mesmo o que se entente por perfeição é relativo e o mais contraditório de tudo isso é que nem mesmo os defensores de tais ideologias são perfeitos. Quer nos fornecer uma personagem em quem possamos nos espelhar, mas há diversos tipos de espelho, tudo vai depender da tela, da tinta e da forma que a desenham. Costumamos nos projetar no outro, mas o outro é um ser exterior a você, que parte das vezes nem sequer faz parte do seu cotidiano, talvez o ápice da perfeição humana seja ele querer ser o melhor de si mesmo, não o outro.
                Eu diria que deveríamos ser fãs de nossos pais, mães e pessoas que nos toleram todos os dias porque os demais, a maioria nunca nos viu e nem sequer sabe que existimos. Todas as pessoas podem ser consideradas lindas, tudo vai depender de quem a vê e do olhar que se lança sobre ela, exemplo disso é o escritor que capta beleza até mesmo nas tragédias mais surreais. A beleza exterior costuma ser um atributo relevante no que tange ao julgamento de valor, mas nosso corpo tem suas limitações que, caso extrapolado, pode nos custar a vida. Beleza exterior um dia acaba, dentes um dia cai, dinheiro, certa época da vida, pode acabar ou passar a não ter valor algum, etc. Eis a vida como ela realmente é, na sua realidade nua e crua.
Toda ideologia é algo projetado, que está longe do alcance de quem a projeta, de modo que passamos parte de nossas vidas se autoprojetando nos outros e nos esquecemos de sermos nós mesmos. Ressalto ainda que nossas maiores frustrações se dão em razão justamente disso, de modo que criamos tantas expectativas sobre o outro a ponto de nos frustrar quando passamos a conhecer sua “outra” máscara. Além de humanos, somos animais, e animais agem por instinto, são capazes das piores atrocidades que já se viu falar. Muitos se escondem tanto que temem que sua verdadeira máscara seja descoberta, mas no palco da vida as máscaras tendem a cair, assim dizem os sábios, tudo tem seu tempo, é onde o cordeirinho se mostra lobo mau, a donzela se mostra prostituta, o santo se revela ladrão, etc.
Não percebemos, mas o excesso de projeção no outro acaba por nos adoecer, situação essa em que passamos a rejeitar aqueles que fogem aos padrões por nós idealizados, chegando aos extremos, muitas vezes, da auto rejeição. Acabamos por comprar o ideal projetado pela mídia, nos frustrando quando não chegamos aos resultados idealizados. Estar ciente dos limites do nosso corpo já é um bom caminho para a auto aceitação, se eu me auto rejeito eu não me aceito, cuja tendência é que venhamos a rejeitar no outro tudo o que rejeitamos em nós mesmos, e isso diz respeito a manias cotidianas de vestimentas, comportamentos, etc.
Desse modo, frisamos que o correto é que cada pessoa se sinta bem com seu próprio corpo, é preciso estabelecer limites para as projeções sociais, cada um vive a sua realidade e nela deve se “calçar”. Tudo o que foge à sua realidade, de certo modo, não está ao seu alcance e, por isso, não passa de um ideal.
Portanto, seja uma versão melhor de si mesma, auto projetar-se no outro pode não passar de uma ilusão, pessoas diferentes vivem realidades diferentes, vivamos cada um de nós com base na nossa realidade.

Andréia Franco

21/04/2016.

terça-feira, 19 de abril de 2016

O ATAQUE É SEMPRE A MELHOR DEFESA





           Venho hoje falar de um tema pouco debatido, mas bastante usado em nosso cotidiano, que é o fato de pessoas usarem o ataque como defesa.
            Quando falamos em ataque podemos pensar nos mais variados sentidos, seja de cunho pessoal, profissional, terrorista, genocídio, etc. Vamos entender que o ataque  consiste, em muitos casos, como um mecanismo de autodefesa. Mas por quê? Ora, quando alguém não gostou de algo que você tenha falado ele ataca sua moral e faz você se sentir intimidado, e funciona.
           Então, chegamos à conclusão de que o ataque tem a função de fragilizar e/ou causar medo no adversário. Veja muitos discursos midiáticos, eles intimidam a população a fim de causar medo nas pessoas e torna-las passivas. Quando eu ataco a moral alheia eu, automaticamente, me autodefendo, entre ele ou eu, antes eu que ele, não é assim que funciona?           
Vamos um pouco mais além, o filósofo Descartes diz: “eu penso, logo existo”, uma vez que a noção do sujeito ativo na sociedade diz respeito, também, ao conhecimento e à informação. Porém, de acordo com a linha de raciocínio aqui abordada, podemos dizer: “eu me defendo, eu apareço”, ou seja, se eu me defendo alguém me escuta, já que o próprio ser humano tem, dentro de si, a necessidade de se autopromover, mesmo que isso custe, em diversos momentos, a desgraça alheia.
Tal questão diz respeito à linguagem, a arte do bem falar e do bem escrever, onde lançamos uma série de argumentos a fim de provar ao interlocutor que o “eu”, por mais bandido que seja, “sou” a vítima, que o outro é o culpado. Não é à toa que muitas pessoas matam, roubam e faz de tudo um pouco e ainda se faz de vítima, atacando a moral alheia e não assumindo sua culpabilidade, já que todo cidadão é inocente até que se prove o contrário. Quem acusa é quem tem que provar, já que nossas leis são fundamentadas com base nesse pressuposto, e esse é de fato uma das pedras no sapato do judiciário, porque se não há provas suficientes contra o réu, mesmo que ele seja o pior dos bandidos, com base em quê se dará sua condenação? Parte das vezes, ele é solto e liberado.
Dizer que o “eu” é a vítima é sempre mais fácil, assim o “eu” se isenta de eventuais responsabilidades. Quando isso acontece, além de se autodefender, comove o outro, fazendo-o sentir pena e compaixão do pobre coitado que está supostamente sendo vítima de uma conspiração armada contra ele. Veja só quando certos líderes, por mais corruptos que sejam, aparecem chorando na mídia a fim de comover o povo. Ah, coitadinhos, tudo jogo midiático para aumentar a popularidade do dito “perseguido”.
Indo um pouco mais além, analisemos o comportamento de alguns grupos terroristas, onde eles atacam a fim de difundirem sua ideologia e provocar medo nos demais, a fim de força-los, com base na política do medo, a participar também de seu grupo, pois assim os interesses do suposto grupo são expandidos e a autopromoção acontece.
Não cabe a mim aqui fazer julgamentos, mas pessoas fazem coisas erradas e certas pelos mais diversos motivos, como a busca pela sobrevivência, o desejo de poder, dinheiro e pressão psicológica, já que somos constantemente pressionados a agir, parte das vezes, de modo passivo,  pois pessoas, mesmo não concordando com determinadas coisas que se passam, temem se manifestar e fazer determinados julgamentos (principalmente em público), mesmo que certos, e serem repreendidos e oprimidos pelo sistema, isso significa, parte das vezes, perda do emprego, mordomias, etc. O sistema opressor é “cruel”, ou você serve a ele ou você pode ser simplesmente mais uma carta fora do baralho.  
Em resumo, o ataque aumenta a popularidade de determinadas pessoas e grupos, promove encenações de vitimismo, comove o outro, realizando-se assim enquanto autodefesa.

Andréia Franco
19/04/2016.