A temática adotada
neste texto visa dar conta, de modo superficial, de questões relacionadas à
revolução e contra-revolução dentro da história de um país.
Primeiro, entendamos os
termos aqui defendidos: revolução, como o próprio nome já diz, faz referência
ao ato de revolucionar; já o termo contra-revolução nos remete a acontecimentos
de caráter político, religioso, etc., que diz respeito ao ato ou efeito que vai
contra a revolução de uma nação. Por exemplo, nossos trabalhadores ganharam
direitos, vieram políticos que ao tomarem o poder assinaram decretos e leis
suprimindo tais direitos do povo, eis aqui uma contra-revolução, pois nos dão a
impressão de que estamos retrocedendo no tempo. Não bastasse o fato de nossos
políticos serem pagos com o dinheiro de nossos impostos, assinam leis para
prejudicar o povo, onde muitos trabalhadores terão que ir à luta para brigar
por seus direitos que foram suprimidos, ao invés de evoluirmos e conseguir cada
vez mais direitos, a classe trabalhadora sai prejudicada, temos aí o exemplo do
maior sobre o menor, ou seja, do sistema contra o sujeito, e assim a opressão
nos sufoca e nos traz essa ideia de estar caminhando contra, não a favor da
revolução. Daí você se pergunta para quê esses sujeitos são pagos e o que eles
fazem ao assumir seus cargos, bom, talvez seja para proteger seus partidos e
aliados, o povo oprimido e com medo de se manifestar é massa de manobra.
Falemos verdades, o
mundo é governado por pessoas, de modo que há histórias dos mais diversos
tipos, todas criadas também pelo homem, verossímeis ou não com o real, cujo
discurso é manipulado e persuasivo conforme os interesses de quem cria: o autor.
Então, créditos, por favor, ao autor e não a seres sobrenaturais, quem cria
merece prestígio, prestigiemos nossos autores, pois eles levam parte de suas
vidas para nos presentear com as mais belas obras de arte.
Seguindo tal
raciocínio, é de se presumir que nossas leis, assim como muitas histórias, pelo
fato de serem administradas pelo ser humano, sejam tendenciosas, visando favorecer
mais um grupo que outro, por exemplo: mais ao homem que à mulher, ficando aqui
claro que a manutenção do poder a determinados grupos/partidos é de fundamental
importância, que por isso há diferenças no cumprimento da lei, ainda que nossa
constituição diga que “todos são iguais perante a lei”, conceito esse um tanto
utópico.
Enquanto você passa o
dia se martirizando/dispersando com coisas banais, seus direitos vão indo pelo
ralo caso você não fique esperto e se manifeste, a opressão tem justamente essa
função, frear e oprimir seus direitos. Daí você se pergunta por que nada muda,
ora, você mal gosta de sair do seu sofá e ainda reclama, a tendência é padecer
mesmo, a mudança precisa da força popular, sem força popular não há pressão ao
sistema para que revoluções significativas aconteçam. Levante-se da sua cadeira
e pare de mimimi, mudanças acontecem com esforços e conquistas de um povo, e
vamos parar um pouco de reclamar, assim nem o Maquiavel te aguenta!
Resumindo, os cidadãos
passam anos, décadas, séculos para conquistar direitos, daí chega num dia, você
elege um sujeito porque você foi com a cara dele e parece ser simpático, e ele,
ao ganhar poderes, usa sua caneta para ferrar a vida do trabalhador que paga o
seu salário e o elegeu, se brincar ele ainda te chama de burro em rede nacional
e você tem que ficar quieto, quem o colocou lá foi você, não é à toa que dizem:
“dê poderes ao homem e saberás quem ele é”.
Enfim, revolucionar é
um ato de coragem, agora ir contra a revolução mais parece um plano sádico de
uma minoria para se manter no poder.
Andréia Franco
27/04/2016.
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