segunda-feira, 25 de abril de 2016

VITIMISMO É GOLPE



Falemos hoje do vitimista, sujeito este que se faz entender por vítima, cujo termo é denominado para rememorar indivíduos que  dizem sofrer em decorrência de supostas conspirações, ritual sagrado, forças do além, ferida, violência, tortura e/ou assim por diante.
            A suposta vítima nada mais é que um coitado, pelo menos é isso que ele quer fazê-lo acreditar. Por trás do discurso vitimista está um verdadeiro marqueteiro, já que ele é estratégico, quer se autopromover, cujo comportamento consiste num marketing pessoal e/ou de grupo. Deixemos claro que nos tratamos aqui da vítima que se faz de vítima, mas não é vítima.
 Sigamos nosso raciocínio ao perceber, por exemplo, pessoas que sofrem de determinados distúrbios psicóticos, como esquizofrenia, psicopatia, etc., vejam como o vitimismo impera, eis o lugar fecundo onde esse tipo de discurso é formado para transmitir uma impressão de que tudo e todos conspiram contra eles, as supostas vítimas, e haja paciência para escutar tantas lamentações.
 O discurso vitimista tem a função de blindar o “eu” em detrimento do "outro", pois entre o “eu” e o “outro” antes o “eu”, assim o “eu” se autopromove, não é à toa que pessoas cometem as mais extremas barbaridades e ainda se fazem de vítimas, como se elas estivessem se auto inocentando de tudo de ruim que um dia cometeram, já que o sentimento da culpa é um verdadeiro fardo. Você aí, que fica se culpando pelo que não deu certo em sua vida, perceba porque o vitimista na maioria das vezes se dá bem, se faz de coitadinho, faz cena para causar comoção social e ainda sai ileso dos supostos crimes que cometeu. O que é pior, ainda acusa o “outro” de perseguição, como se o “outro” fosse o culpado, não o “eu”.
  Enquanto o sujeito chorão mal consegue sair de casa pelos fardos que carrega, o vitimista é estratégico e se autopromove pagando uma de vítima, o pior é que ele tende a se dar quase sempre bem por isso. Não bastasse, friso ainda que o discurso vitimista é intimidador e manipulador, capaz o suficiente de fazer o “outro” se sentir culpado por uma coisa que ele nem mesmo fez. Veja como às vezes te dizem: “se não fizeres ........ acontecerá ............ com você”, e você, ao se sentir intimidado e com medo que a tragédia anunciada recaia sobre sua vida, acaba por acreditar e faz o que o intimidador pede. Isso nada mais é que uma estratégia de manipulação, onde o vitimista lança mão de uma série de discursos, fazendo você se sentir culpado até mesmo pelos supostos crimes/erros que ele cometeu, e funciona.
Daí você ao acreditar em falsários começa a se perguntar o que há de errado. Ora, o errado foi ter acreditado no falsário, já que ele se caracteriza por ser o indivíduo que não fala a verdade. E daí eu te pergunto o que é a verdade? Bom, a verdade é um conceito que varia, o que é verdade pra mim pode não ser pra você, então é de se presumir que para o falsário o que ele diz, ainda que mentira, deve ser entendido como verdade, o que é pior, faz você acreditar que o que ele diz é uma verdade. Ah, haja paciência para aguentar lamurio de crocodilo.
O resultado de tudo isso são as páginas de jornal, enquanto o coitadinho está de fazendinha nova e andando de carrão do ano, tá você a pé, de bicicletinha ou num carrinho velho, vivendo aos trampos e barrancos, contribuindo para pagar contas do dito coitadinho, acreditando ser ele um coitadinho que não tem nem onde cair morto.
Tenha a santa paciência, isso só pode ser golpe, estou-me a ir, esse papo já deu o que tinha que dar. Bye.

Andréia Franco
25/04/2016.


Um comentário:

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