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A
temática de hoje visa debater que o acúmulo de memórias killers em
nosso subconsciente nada mais é que o primeiro passo para o morrer
ainda em vida, bem como alertar para seu risco e perigo.
O
termo “killer” significa assassina, de modo que memórias
assassinas consistem em lembranças ruins que matam a autoestima,
alegria, sorrisos e tudo de bom que uma pessoa tenha dentro de si,
como se ela, ao perder suas razões de viver, sofresse tanto a ponto
de desejar a própria morte.
O
sofrimento decorrido da memória killer acontece porque, ao longo de
nossas vidas, passamos por traumas e situações que ficam gravadas
em nosso subconsciente que, não expulsas de lá, nos torturam e
fazem sofrer. A memória killer se afirma por causar no paciente um
sofrimento contínuo, que persiste, chegando a torná-lo inapto para
o trabalho, estudos, etc. Tal sentimento se afirma numa ação
silenciosa que martiriza o sujeito, dia a dia, como se o dia perdesse
a luz, o mundo perdesse a cor, o sorriso perdesse o brilho, etc.,
dando margem a uma onda de nuvem nebulosa que avança, tornando sua
vida escura, resumidamente, sem vida.
Essa
nuvem, ela vem e volta, vem e volta, por isso sua dor não acaba,
ela não vai embora de vez, porque rememorar tudo que o fez sofrer
faz sua dor persistir, faz essa onda nebulosa voltar de novo e deixar
seu mundo escuro, sua vida escura, tudo escuro, e tudo fica escuro
porque você sofre, mas é um sofrimento só seu, que habita sua
alma, as pessoas quando nos olham não enxergam nossa alma, mas nosso
corpo, por isso elas não percebem o sofrimento e dores internas que
carregam as pessoas.
O
homem moderno sofre porque as pessoas vivem como se fossem assustadas
umas com as outras, não conversam ou dialogam e se expelem como se
inimigos fossem, e isso não é culpa nossa, pois tragédias dos
vários cantos e lugares do mundo assombram a vida em sociedade,
causadas pelo bicho homem, o bicho mais perverso que já se ouviu
falar, e as pessoas acabam por viverem assustadas, aprendem a não
confiar nas demais porque o inimigo, parte das vezes, não mora
longe, mas ao lado, beira nossa casa e nossa vida. Não sabendo em
quem confiar, a desconfiança e o isolamento reina, impera de tal
forma que o indivíduo passa a sofrer em razão de seu próprio
isolamento e, assim, a sofrer calado, sem dividir nem conversar com
outras pessoas as razões de tamanha tristeza, e muitos sofrem tanto
que se suicidam para dar fim ao sofrimento que tanto os martiriza.
De
certo modo, as relações virtuais contribuem para isso, pois a
felicidade e o amor se tornaram uma coisa fingida, as pessoas fingem
serem felizes e que amam umas às outras, o mundo virtual é um mundo
de fantasia, o real nisso tudo são os efeitos desses excessos em
nossa vida cotidiana, pois as pessoas, por se isolarem, sofrem e, por
sofrerem, acabam por definhar em sua própria amargura. Para
enxergarmos isso não precisamos ir muito longe, só perceber o
número de pessoas que sofrem de depressão e transtornos
psiquiátricos decorrentes, em parte, desse excesso de isolamento e
de temor ao diferente, já que o medo é o pior aliado do sucesso,
pessoas deixam muitas oportunidades em suas vidas passar pelo excesso
de medo, virando um sofrimento contínuo onde elas sofrem pelo
sentimento do medo e por não terem trilhado outros caminhos.
Uma
das soluções propostas por psiquiatras, psicanalistas, terapeutas,
e outros estudiosos da área seria o acompanhamento profissional, bem
como o apoio da família, amigos, etc., como também a prática de
yoga, exercícios físicos e uma alimentação que possam estimular o
corpo humano a reagir e se auto superar. Porém, o individualismo
está tão internalizado na cultura moderna que vivemos no mundo do
cada um por si, de modo que um de nossos maiores desafios é
sobreviver a este turbilhão de emoções e sentimentos reprimidos
que, se não dominarmos, eles nos dominam a ponto de nos matar em
vida.
Enfim,
se não matares a sua cobra (sentimentos reprimidos que o fazem
sofrer), ela o fará padecer em vida, enquanto tiveres vida, mate a
sua cobra antes que ela o mate.
Andréia Franco
23/05/2016.
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