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A temática hoje abordada nada mais é que uma reflexão sobre questões relacionadas ao diferente e ao julgamento de valor.
Falar no diferente nos permite abordar duas linhas de raciocínio, aquele que afasta e aquele que atrai, uma vez que nos atraímos e/ou nos afastamos quando vamos de encontro ao diferente, o que implica julgamento de valor, onde nos afeiçoamos e/ou nos repelimos, definindo como bom ou mau, certo ou incerto, belo ou feio, etc.
Lidar com o diferente é fazer referência ao que é exterior a nós, por isso não controlamos, já que somos propensos a mudanças e a se movimentar/locomover de um espaço a outro, nos habituando às mais diferentes formas de sobrevivência. Quando nos locomovemos, (in)diretamente, vamos de encontro ao desconhecido/outro, emitindo julgamentos de valor que nos aproxima e/ou afasta do diferente.
O encontro com o diferente chega a assustar, causar repulsa, é algo desconhecido, um mar de segredos não revelados, e como irei eu aceitar o diferente se não o conheço? Ora, nos repelimos uns aos outros pelo fato de não conhecermos os segredos uns dos outros e isso mais afasta que aproxima, o que nada mais é que uma auto proteção/defesa, já que confiar demais no desconhecido pode colocar nossas vidas/planos em risco e/ou perigo. (In)Diretamente, somos programados a não aceitar e a se afastar do desconhecido, ganhamos e perdemos com isso, de maneira que acabamos por nos auto proteger demais e a não dar oportunidade ao diferente, podendo ele ser ou não uma experiência significativa em nossas vidas.
Frisamos ainda que, em razão de influências sociais, culturais, religiosas, etc., somos educados a repelir o diferente, uma vez que a repulsa pode levar à aceitação social, de tanto repelirmos determinadas pessoas/coisas acabamos por aceitá-las, questão essa que coloca em cheque até mesmo a noção de ordem, de bom ou mau, o que, em alguns casos, pode representar uma ameaça. Repelimos as coisas porque as achamos bonitas ou feias, certas ou erradas, etc., tendemos a copiar comportamentos, é como a moda, onde copiamos modos de vestir, sotaques, etc. O pensar diferente, em alguns casos, chega a ser uma ameaça, pode representar mudanças que colocam em questão a noção de valores, como também em risco planos não revelados para manutenção do poder e da ordem daquele suposto grupo, razão essa da repulsa e aversão ao diferente, chegando ao extremo de, em certos casos, querer exterminá-lo.
Eis o plano de alguns grupos, exterminar o diferente porque ele não pensa como todos os demais, uma vez que ele, enquanto ser vivo, pode influenciar pessoas, fazê-las pensar diferente e rever seus próprios valores/conceitos, por isso a repulsa e o ódio contra o diferente. Somos influenciados a pensar que o diferente pode significar um risco, ele influencia pessoas, motivo esse de tantos extermínios a pessoas que pensam diferente. Não precisamos ir muito longe para exemplificarmos tal fato, vejamos quantos pensadores, mulheres, liberalistas, etc., que tiveram suas vidas ceifadas em razão do pensar diferente, o diferente incomoda, influencia, por isso o ódio, o medo que outros sofram influência desse sujeito diferente e que isso coloque em risco planos de poder, governo, etc., a cobra não vai querer perder seu domínio sobre a presa, isso significa, dentre tantas outras coisas, mordomias, entre o outro e o eu, ela escolherá o eu/meu, razão essa de tanto se matar e morrer por causas sociais.
Muitas vezes, não nos damos conta do quanto somos manipulados a pensar como todos os outros, a não aceitar o diferente, essa mais parece ser uma luta invisível, onde há quem controla e quem é controlado, são dois lados opostos, briga de galos que não se bicam, de modo que ou você se rende à corrente da "Maria vai com as outras", ou você amarga na sarjeta a ponto de, muitas vezes, não conseguir nem sequer um emprego digno para comprar o pão de cada dia, e é dolorido sentir-se excluído. Para exemplificarmos isso não precisamos ir muito longe, pois vivenciar isso em nossas casas e lares já é o reflexo dessa aversão ao diferente, uma vez que muitos são tocados de sua própria casa e/ou até mesmo mortos pelo simples fato de pensarem de modo diferente, é uma luta invisível que reprime, sufoca e nos mata silenciosamente.
Enfim, talvez seja hora de revermos nossos conceitos e valores, pessoas precisam mudar, rever sua forma de pensar, sigamos adiante cavalheiros, a luta está para começar, eis o que estou a bradar, caminhemos.
Andréia Franco
10/05/2016.
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