segunda-feira, 13 de junho de 2016

O (NÃO)PROIBIDO

Créditos da Imagem ao site:


          Nossa discussão de hoje visa debater questões que dizem respeito ao (não)proibido, considerando que tais questões, apesar de polêmicas, fazem parte de nosso dia a dia.
          O termo proibido se refere ao que denominam como pecado, isso aguça a curiosidade humana, pois o que não se pode provar/fazer pode ser bom ou mau, é preciso experimentar para saber, afinal, alimentamos fetiches dentro de nós. Já o não proibido diz respeito ao que está ao nosso alcance, ao que podemos provar, tocar e experimentar. Dos dois, o proibido é o que mais aguça nossos instintos, pois acabamos por sermos idealistas/utópicos, costumamos querer/desejar/sonhar o que nunca nos foi permitido possuir.
          Para entender o idealismo dentro de nós não precisa ir muito longe, basta passear pelos campos verdes e floridos descritos pelos mais diferentes poetas, verdadeiros paraísos de um mundo bucólico e surreal. A vida real é um tanto fatídica e monótona, arrumamos as mais diferentes formas de sairmos desse campo e transcender, seja por intermédio da música, leitura, cinema, escrita, etc. A arte representa a vida humana dos mais diferentes ângulos e formas, é preciso paciência tanto para estudá-la, quanto para esculpi-la e lapidá-la.
         O proibido aguça nossos sentimentos mais íntimos, seja na esfera alimentar, sexual, de leitura, etc. o não proibido acaba por tornar o mundo monótono, queremos sair da monotonia e por isso o proibido nos atrai. Temos desejos de possuir o que nunca tivemos, em querer provar se o sabor é doce ou amargo, em que grau, se forte ou fraco, uma vez que estamos propensos a viver experiências diferentes, a vida é um movimento eterno, um ciclo de horas, dias, anos, este ciclo não pára, está em constante mutação, para nós este ciclo termina o dia que morremos, os que ficam o renovam e assim a vida permanece. O ser humano, apesar de racional, também age por instinto, uma vez que pessoas quando perdem a cabeça matam, torturam, estupram, etc., o que só prova que, apesar de evoluídos, somos animais, agimos como primitivos, que caçam, roubam, cuidam, etc.
          Nossa frustração talvez seja perceber o quanto são limitadas as coisas/pessoas que estão ao nosso alcance, pois o mundo televisivo, midiático, etc., nos estimula a querer possuir, bem como se apossar do que nunca tivemos/pudemos ter, de modo que aqueles que controlam tais meios de comunicação sabem muito bem como trabalhar a manipulação de massa, tanto que muitos chegam a ficar falidos por agirem pelo impulso consumista.
          Curiosamente, não temos aulas de economia em grande parte de nossas escolas, eis a razão, estimular o consumo desenfreado que tanto sustenta a indústria, bem como o comércio de roupas, alimentos, etc. Se fôssemos mais controlados muitas indústrias faturariam menos, pois compraríamos menos, o que não é de interesse de muitos, pois há aqueles que sobrevivem do resultado do consumo exagerado das pessoas, como os bancos, que lucram em cima dos juros de seus dividendos.
          Enfim, é preciso ponderação com o (não)proibido, já que lidar com o que podemos ou não ter é um desafio constante, que nossos erros nos sirvam de aprendizado e assim amadureçamos.



Andréia Franco
13/06/2016.











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