Créditos da Imagem ao site:
Nossa
discussão de hoje visa debater questões que dizem respeito ao
(não)proibido, considerando que tais questões, apesar de polêmicas,
fazem parte de nosso dia a dia.
O
termo proibido se refere ao que denominam como pecado, isso aguça a
curiosidade humana, pois o que não se pode provar/fazer pode ser bom
ou mau, é preciso experimentar para saber, afinal, alimentamos
fetiches dentro de nós. Já o não proibido diz respeito ao que está
ao nosso alcance, ao que podemos provar, tocar e experimentar. Dos
dois, o proibido é o que mais aguça nossos instintos, pois acabamos
por sermos idealistas/utópicos, costumamos querer/desejar/sonhar o
que nunca nos foi permitido possuir.
Para
entender o idealismo dentro de nós não precisa ir muito longe,
basta passear pelos campos verdes e floridos descritos pelos mais
diferentes poetas, verdadeiros paraísos de um mundo bucólico e
surreal. A vida real é um tanto fatídica e monótona, arrumamos as
mais diferentes formas de sairmos desse campo e transcender, seja por
intermédio da música, leitura, cinema, escrita, etc. A arte
representa a vida humana dos mais diferentes ângulos e formas, é
preciso paciência tanto para estudá-la, quanto para esculpi-la e
lapidá-la.
O
proibido aguça nossos sentimentos mais íntimos, seja na esfera
alimentar, sexual, de leitura, etc. o não proibido acaba por tornar
o mundo monótono, queremos sair da monotonia e por isso o proibido
nos atrai. Temos desejos de possuir o que nunca tivemos, em querer
provar se o sabor é doce ou amargo, em que grau, se forte ou fraco,
uma vez que estamos propensos a viver experiências diferentes, a
vida é um movimento eterno, um ciclo de horas, dias, anos, este
ciclo não pára, está em constante mutação, para nós este ciclo
termina o dia que morremos, os que ficam o renovam e assim a vida
permanece. O ser humano, apesar de racional, também age por
instinto, uma vez que pessoas quando perdem a cabeça matam,
torturam, estupram, etc., o que só prova que, apesar de evoluídos,
somos animais, agimos como primitivos, que caçam, roubam, cuidam,
etc.
Nossa
frustração talvez seja perceber o quanto são limitadas as
coisas/pessoas que estão ao nosso alcance, pois o mundo televisivo,
midiático, etc., nos estimula a querer possuir, bem como se apossar
do que nunca tivemos/pudemos ter, de modo que aqueles que controlam
tais meios de comunicação sabem muito bem como trabalhar a
manipulação de massa, tanto que muitos chegam a ficar falidos por
agirem pelo impulso consumista.
Curiosamente,
não temos aulas de economia em grande parte de nossas escolas, eis a
razão, estimular o consumo desenfreado que tanto sustenta a
indústria, bem como o comércio de roupas, alimentos, etc. Se
fôssemos mais controlados muitas indústrias faturariam menos, pois
compraríamos menos, o que não é de interesse de muitos, pois há
aqueles que sobrevivem do resultado do consumo exagerado das pessoas,
como os bancos, que lucram em cima dos juros de seus dividendos.
Enfim,
é preciso ponderação com o (não)proibido, já que lidar com o que
podemos ou não ter é um desafio constante, que nossos erros nos
sirvam de aprendizado e assim amadureçamos.
Andréia
Franco
13/06/2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sejam bem vindos ao meu blog, volte sempre!