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É
de se questionar qual a razão de debatermos a respeito de
(f)utilidades, simples, perdemos mais tempo com coisas fúteis que
com aquelas que de fato importam.
O
(f)útil é, na verdade, perda/ganho de tempo, é a lei da natureza,
o movimento, o ciclo, o que prova que tudo muda, as pessoas, o modo e
a forma de se comportarem, suas razões e motivos para agirem de modo
animalesco, como seres selvagens, perceba bem o João de Barro, ele
constrói sua casinha de barro para morar, já o passarinho constrói
seu ninho, a tartaruga carrega sua própria proteção e moradia: sua
casca, já o ser humano usa sua inteligência e força
braçal/material para construir seu próprio lar. Dentre todos estes
animais citados, o bicho homem é o único que destrói a todos, até
mesmo os de sua própria espécie, a natureza é auto suficiente, não
depende de nós para existir, mas nós não, dela tiramos nossa
comida, minerais, água, madeira, etc., enfim, a matéria-prima que
mantém a indústria dos alimentos, remédios, carros, etc.
A
natureza é perfeita, o problema está em nós, que nos contaminamos
com discursos de ódio, conspirações genocidas, ideologias
fraudulentas, amigos imaginários (é legal adorar a natureza, ela
existe, mas adorar o que nunca vimos a olho nu, só ouvimos falar, é
cruel, risos.), o desejo ora sexual, ora de poder, controle,
dominação, etc., somos tão humanos que chegamos a ser desumanos
com os demais, nossa moralidade acaba por se tornar algo imoral,
apontamos tanto o dedo para o umbigo alheio que não enxergamos o que
há de ruim em nós mesmos, como se todos os males estivessem sempre
nos outros, nunca em nós, nunca em nossa perspectiva de vida, nunca
em nossa forma de ser, se comportar, agir e lidar com o outro.
O
mundo que vivemos é regido por regras, elas próprias nos
exterminam, é a lei animal, quem faz as leis são os próprios
homens, uma perigosa espécie, fazem a lei onde quem tem mais poder
que manda, a lei do tudo e do nada, pessoas/grupos querem controle
sobre os demais, por isso criam leis, para serem beneficiados, seja
financeiramente, sexualmente, moralmente, etc. É uma artimanha
danada, por meio destas leis criam liberdades para matar, roubar,
abusar sexualmente/psicologicamente/fisicamente das pessoas, e a
corda sempre arrebenta para o mais fraco, é a lei do maior sobre o
menor, o maior oprime o menor, somos oprimidos sem ao menos nos
darmos conta, de tanto lidar com isso acabamos por viver assustados,
com medo de nos relacionarmos com os demais, como se todos fossem
iguais, e não são.
Podemos
aprender muito com algumas pessoas que passam por nossas vidas,
coisas boas ou más, mas precisamos selecionar tudo o que é bom e
jogar o que é ruim na lata do lixo, porque é no lixo que tudo que é
ruim deve estar, mas como eu já disse, o problema está em nós,
pois ao guardar o que é ruim para nós acabamos, muitas vezes, por
sofrer/morrer em vida, por isso doenças psíquicas e neurológicas
nos atingem tanto, por termos dificuldades em nos livrarmos de nossos
traumas e sentimentos ruins que nos agridem e fazem sofrer nossa
alma.
O
sentimento é algo muito nobre dentro de nós, mas ele pode ser
alimentado por coisas boas e más, pode significar ora nossa alegria,
ora nossa tristeza, nele guardamos nossos desejos, sonhos e segredos
não revelados, bem como nossas melancolias e frustrações. Dizem
que o sofrimento é coisa do destino, mas vejo isso como mais uma
justificativa para nos conformarmos com as coisas ruins que assolam
nossas vidas, como a morte de parentes e amigos, bem como com nossas
perdas (i)materiais.
(F)Utilidades
podem significar tanto nossa prisão, quanto nossa salvação, pois
através de gestos considerados (f)úteis acabamos por nos tornar
pessoas grandiosas e/ou pequeninas, de modo que nossa grandeza está
no brilho de nossos olhos, no sorriso, em nossos gestos, etc., já
nossa pequenez está em nossos medos, anseios, amarguras, etc. Ao
final, ao passarmos por situações boas e más, amadurecemos,
aprendemos, nos tornamos pessoas boas ou más, já que somos
facilmente influenciados por pessoas boas e más.
Enfim,
o útil pode ser algo inútil e irrelevante, já o inútil pode ter,
no fundo, grande valor, tudo depende da perspectiva e da forma como
enxergamos as coisas.
Andréia
Franco
11/06/2016.
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