segunda-feira, 20 de junho de 2016

Não existe crime perfeito



           O tema  de  hoje  visa  discorrer  sobre a   malandragem de muitos que,    de tão espertos, chegam a ser taxados de burros por deixarem pistas do suposto "crime" que cometeram.
           A malandragem humana se não fosse trágica seria cômica, já que a vida prega peças que nos faz ora rir, ora chorar, e haja baldes de lágrimas para segurar o muro das lamentações. Eis a tragédia mais bela que há, digna de representação, afinal, vivemos de verdades ou de ilusão?
          Primeiro, falemos sobre o conceito de crime, que consiste numa infração penal/criminal que viola uma norma moral. Entendamos que vivemos em sociedade, que há leis criadas pelos homens para que pessoas convivam umas com as outras de modo harmônico, respeitando limites. O crime se consolida na violação de tais normas e leis sociais.
          Já a noção de crime perfeito está relacionada a mentes de pessoas que visam, de alguma forma, infringir a lei. Na verdade, cria-se tal conceito para alimentar o super ego de quem pretende praticar o crime, pois assim se sentem mais libertos e confiantes, visando sempre a intenção de se safar das responsabilidades de seu ato criminoso, com a suposta "certeza" de que o crime ficará impune e nunca será descoberto. A verdade é que alguns se dão bem nessa empreitada, mas outros acabam por ser descobertos e punidos.
          Há um velho ditado que diz: "o mundo é dos mais espertos", e de fato é, viver em sociedade não deixa de ser um desafio, onde para alguns ganharem é preciso outros perderem, de modo que é difícil lidar com isso, pois acabamos por ter que vencer uns aos outros, como se fôssemos jogadores numa grande batalha, sempre se desafiando e superando.
          De todas, a verdade é  uma só, de que perder nos torna frustrados, e ganhar otimistas e vitoriosos. É mais fácil lidar com o ganho que com a perda, pois nos torna frios, amargos e rancorosos. Talvez nosso maior desafio seja lidar com nosso próprio eu, uma vez que nosso estado de humor oscila entre o estar feliz e o estar triste, já que as diversas situações que sucedem fazem nosso humor e estado de espírito varie, o que é normal.
          Criamos expectativas sobre as mais diversas coisas, assim é o infrator ou criminoso, ele cria a expectativa de que sairá ileso para continuar agindo e infringindo a lei. A malandragem humana supera todas as expectativas já pensadas e imaginadas, e o fato de nossas leis favorecerem mais o bandido que o cidadão de bem nos faz desacreditar na justiça e, ainda, torna o cidadão refém da própria (in)justiça humana.
       É preciso frisar que, por mais racionais que sejamos, ainda somos animais, e animais caçam, ferem, machucam e cuidam uns dos outros. Não conseguimos nos libertar da condição de animais e, por isso, chegamos a agir por impulso, movidos pela frieza, amor e ódio. No mundo animal não existe leis, por isso os humanos costumam agir conforme suas próprias leis, ou seja, conforme aquilo que acredita ser certo ou errado, mesmo que isto signifique infrações penais e criminais no meio em que vive.
          Quem age na ilegalidade costuma deixar pistas que, nas mãos de um bom investigador, o torna capaz de juntar as peças do "quebra-cabeça" e, ainda, punir o criminoso. A prova material é a prova do crime, que prova o envolvimento do criminoso com o crime cometido/denunciado.
          Enfim, a noção de crime perfeito é a mais completa utopia, o que existe é crime mal resolvido/solucionado/investigado.


Andréia Franco
20/06/2016.




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