quinta-feira, 30 de junho de 2016

HITLER FOI UM FRUSTRADO!




Frisamos, de início, que não queremos aqui desmerecer a figura de Hitler, já que, para alguns, ele foi um ícone, mas consideramos oportuno refletir que a frustração dele em sua obra "Minha Luta" é evidente e, por isso, precisa ser discutida.
 Bom, para tratarmos o tema precisamos, primeiro, descrever a frustração, que se afirma como um sentimento que advém da mágoa, rejeição, tristeza, empatia, decepção, sofrimento, ódio, etc., já Adolf Hitler, conhecido como um dos maiores genocidas da história da humanidade, podemos afirmar que ele foi um produto do meio que ele foi criado, já que desde sua infância foi doutrinado a perseguir/matar judeus e cristãos, encontrando na política suporte para colocar o resultado do seu ódio em prática: o extermínio em massa.
Tratemos Hitler como um personagem comum, assim como o João, o José, etc., mas Hitler, diferente de muitos, tinha o gene da psicopatia, isso o tornaria um sujeito propenso a se tornar um potencial assassino. Hitler foi educado num berço ideológico que o estimulou a perseguir e matar cristãos e judeus, de modo que isso, quando ele já era um adulto, foi determinante em seu comportamento, ou seja, ele fez o que fez acreditando que estava fazendo a coisa certa, já que ensinaram a ele que isso era o certo a se fazer.  
O ódio internalizado de Hitler durante tantos anos influenciou no meio social em que ele viveu, como também foi responsável pela morte de milhares de pessoas. Hitler foi educado para matar, só cumpriu sua missão com maestria, foi contaminado pelo ódio religioso, não é à toa que dizem que "religião envenena tudo", eis o veneno mais perverso que há, que rouba nossas vidas, alegria, paz e ainda contamina o meio. 
A frustração de Hitler pode ser facilmente observada por alguns fatores, o primeiro que citamos é a ideologia que ele foi educado que o ensinava o odiar/perseguir judeus e cristãos, ou seja, ao invés de ele ter aprendido a amar o diferente, foi o contrário, ele odiava e queria exterminar o diferente. 
Outro ponto crucial se afirma pelo fato de Hitler ter conhecido a miséria de perto, ou seja, ele via a pobreza e alguns problemas relacionados não como algo que deveria ser tratado, discutido, planejado para resolução, mas exterminado, como se exterminar pessoas resolvesse problemas. Ele não tinha uma visão cautelar sobre as coisas, mas extremista, é matar ou morrer, por isso muito se mata e muito se morre por causas banais e ideologias genocidas.
O mundo corrompeu Hitler, ele poderia ter sido um homem comum e bom, mas foi treinado para odiar e matar, consideremos que toda pessoa tem seu lado bom e mal, que souberam modelar e trabalhar o seu lado mal para que ele se tornasse o que se tornou. Hitler gostava de desenho e pintar telas, chegou a buscar apoio para desenvolver seu lado artístico, mas não foi bem compreendido, não  encontrou apoio e nem suporte para isso. Essa foi uma de suas frustrações, já que almejava ser reconhecido como artista.
Certa época, o pai de Hitler morreu, tempos depois foi sua mãe, ficando ele sozinho no mundo, procurando no que se amparar para sobreviver. Hitler conheceu o lado amargo do mundo, aprendeu a ver pessoas como se fossem inimigas umas das outras, a classificá-las como produtos, separadas pela cor, raça, religião, origem, etc., e, ainda, aprendeu que alguns deviam morrer e outros matar,  que ele, indiretamente, tinha um papel nessa missão, o de matar e perseguir cristãos e judeus.
Não vou aqui defender Hitler, mas ele nunca havia encontrado alguém que o ensinasse a amar o diferente, o ódio estava entranhado em sua carne, foi treinado para matar e cumpriu sua missão de matar, simples assim. Não conseguindo sucesso no meio acadêmico e das artes, Hitler seguiu o caminho da política, conseguiu aliados, onde exerceu seu espírito de liderança e, como um bom "cordeirinho", encontrou base para pôr em prática a ideologia que aprendeu desde cedo: o de matar e perseguir judeus e cristãos.
       Enfim, Hitler foi treinado para perseguir e matar judeus e cristãos, cumpriu sua missão e morreu, hoje há diversas pessoas querendo formar mais Hitlers, que viverão em função de perseguir e matar uns aos outros, eis a face perversa do mundo,  é a vida.


Referências:

RITLER, Adolf. Meim Kapf. Hurst and Blackett LTD. Publishers since 1812, in London, New York, Melbourne.



Andréia Franco
30/06/2016.

terça-feira, 28 de junho de 2016

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Andréia Franco
28/06/2016.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

VOCÊ, SEU DEUS E SEU CAMINHO

Imagem retirada do site:

Nosso assunto de hoje visa debater o fato de, independentemente da existência ou não de Deus, cada um de nós somos responsáveis por nossas próprias escolhas e  caminhos trilhados.
Vamos aos fatos, quando um sujeito diz que entrega a outro ser, imaginário ou não, as responsabilidades sobre seu destino, (in)diretamente, ele está dizendo para si mesmo que lidar sozinho com o mundo e as pessoas reais é doloroso. 
No fundo, é difícil aceitar que, em determinados momentos, estamos sozinhos, que não há ninguém por nós, que a maldade humana existe, que monstros humanos existem, e alguns podem fazer parte de nossas vidas de alguma forma, sejam próximos ou distantes. 
Quando crescemos, raramente alguém vem coçar nossa cabeça e dizer que nos ama, às vezes nem de nossos filhos e/ou pais escutamos isso, há diversas maneiras de se demonstrar amor, cada um tem a sua, alguns são chucros e rústicos, já de outros é mais fácil ganhar um pé na bunda que uma recepção de boas vindas, pois há lugares onde somos bem vindos e outros que simplesmente não nos "cabem".
       Aceitar tal realidade chega a ser duro, pois não temos super poderes para realizarmos todos nossos desejos, e dinheiro não dá em árvore, quem o quiser terá que ganhá-lo de alguma forma, uns seguem o caminho mais dolorido, que é o trabalho honesto, pegam na enxada, nos livros,  vendem balinha, etc., já outros seguem o caminho mais fácil, o da criminalidade, drogas, roubos, etc. Independentemente de nossos dramas e frustrações, cada um de nós é responsável pelas próprias escolhas, isso não anula nossas responsabilidades sobre o que fazemos/dizemos, etc.
O mercado da ilusão surge à partir disso, pois propõe a solução para todos os nossos problemas, sejam financeiros, de saúde, pessoal, profissional, etc., como se tudo pudesse ser resolvido e amenizado num passe de mágica, como um milagre. É doloroso aceitar a realidade, por isso a política do milagre faz sucesso e gera tantos lucros, ajudar pessoas costuma não gerar lucros, mas pregar milagres sim. A verdade costuma nos afastar uns dos outros, a  ilusão nos aproxima, eis a vida.  
Alguns dizem que Deus existe, mas é estranho que ele nunca apareça. Enquanto isso não acontece, cada um que se vire como pode, que lute contra seus próprios medos e dragões, que aceite a realidade e esqueça um pouco o seres imaginários. O mundo real é cruel, corrosivo, chega a doer na própria carne. 
Sejamos cada um de nós nosso próprio Deus, os únicos responsáveis e capazes de mudar nossas vidas e caminhos. Conversar com seres imaginários não é vergonha pra ninguém, pois na ausência de pessoas criamos amiguinhos imaginários para desabafar, enfim, é rir pra não chorar.
Até mais, estou a me despedir, os seres imaginários me esperam, é preciso dá-los vida, eis o ofício do escritor, dar vida a algo que não tem vida, alguém há de acreditar, afinal, é mais fácil acreditar que pensar. 

Andréia Franco
22/06/2016.





O auto-flagelo

Imagens retiradas do site:

     O  tema de hoje é sobre o auto-flagelo, que nada mais é que o ato de pessoas se auto- diminuir/machucar/martirizar.
    Primeiro, entendamos que o estímulo ao auto-flagelo só tem um único objetivo, de fragilizar as pessoas e torná-los verdadeiros doentes mentais, assim fica mais fácil que predadores, os ditos manipuladores, exerçam domínio mais facilmente sobre suas vítimas. O auto-flagelo alimenta o sentimento da culpa, medo, tristeza, lamentações, etc., é o verdadeiro mundo de mágoas e desilusões, onde a vítima chega a sentir-se culpada por tudo de ruim que assola sua vida.
     O auto-flagelo também é um passo para o exílio, sim, a ponto de fazer você se exilar do mundo e de todos que te amam de verdade, momento este onde a vítima chega a acreditar que toda sua família e amigos(as) são seus inimigos e somente o dominador é seu amigo e protetor, por isso muitos chegam a ficar contra sua própria família e até mesmo a matar pessoas que amam para defender algumas ideologias, a lavajem cerebral é tamanha que atinge outras pessoas que, em alguns casos, nada tem à ver com o problema, entendeu ou quer que eu desenhe?
     O auto-flagelo também é um passo para a morte, sim, quem se auto-mutila está mais propenso a sofrer de infarto, depressão, ataques súbitos, etc., ou seja, o sofrimento psicológico reflete na saúde do corpo. Essa também é uma das causas da inaptidão do trabalhador, pois não se curando de seus problemas psicológicos ele chega a não conseguir concentrar-se no trabalho, muito menos a exercer com excelência suas atividades trabalhistas, chegando a ter que afastar-se do mundo profissional e, em muitos casos, a desenvolver síndrome do pânico ou outras doenças mais graves.
     Seguindo nosso raciocínio, é possível dizer que o autoflagelo também contribui para o surgimento de psicopatas, pois nossa personalidade é o reflexo daquilo que vivenciamos no dia a dia e, quando as pessoas, influenciadas por ideologias perversas, chegam a "cortar na própria carne", indiretamente, ela passa a não ter compaixão de "cortar na[a] própria carne" de "outrem", isso significa a explosão de todo ódio, revolta e frustração de um indivíduo que, de tanto se auto-crucificar, passa a crucificar/machucar os outros também.
    O auto-flagelo, dependendo da forma como é incorporado às pessoas, torna alguns verdadeiros serial-killers, capazes de matar ou morrer por motivos "banais". Tais coisas acontecem porque o sentimento da culpa acaba por ser anulado dentro do indivíduo que desenvolve a psicopatia, mas é de se questionar essa ideia, agorinha mesmo eu disse que o autoflagelo se mantém através do sentimento da culpa, e agora afirmo que o autoflagelo anula o sentimento da culpa, como assim?
    Vamos devagar em nosso raciocínio, é preciso frisar que pessoas têm dois lados, o lado mau e o lado bom, que alguns desenvolvem mais seu lado mau e outros mais seu lado bom. Porém, é de se notar que há aqueles que, tendo o gene da psicopatia e estando num ambiente propício para o desenvolvimento desse seu lado mau, terá grandes chances de se tornar um assassino em potencial, é aí que mora o perigo, onde o inimigo pode morar ao lado, sem ao menos nos darmos conta, pois se temos dificuldades em controlar nossas próprias emoções e a nós mesmos, como seremos capazes de calcular o que algumas pessoas que nos rodeiam são realmente capazes? Ora, é quase impossível, pois podemos estar a dormir, comer e viver com nosso maior inimigo sem  ao menos nos darmos conta do perigo.
     À medida que o autoflagelo vai moldando o potencial assassino, todo o sentimento ruim dentro dele começa a se voltar para aqueles que o cercam, pois a sua revolta interior, resultante desse sentimento da culpa, ódio, rancor, etc., chega a eclodir no meio social, como é o caso de ataques terroristas, assassinatos, violência doméstica, psicológica, etc. Noutras palavras, o nosso estado de espírito reflete no mundo social que vivemos, seja para o bem ou para o mal. E onde fica a anulação do sentimento da culpa nisso tudo?
     Bom, percebamos que o sujeito com tendência à psicopatia, alimentado durante a formação de sua personalidade pelo auto-flagelo, sentimento da culpa, descaso social, ideologias genocidas, etc., que a junção disso tudo desencadearia nele a condição de psicopata, daí para frente ele estará pronto para agir, pois não sentirá mais culpa em machucar ou matar alguém, será frio, calculista, capaz de agir e fazer coisas inimagináveis, tudo em razão do ódio e revolta alimentada dentro dele durante longos anos.
     Enfim, o auto-flagelo contribui, (in)diretamente, ao crescente aumento no número ora de doentes mentais, ora para a manutenção do terrorismo, assassinatos, violência doméstica, psicológica, homofóbica, etc.

Andréia Franco
22/06/2016.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Não existe crime perfeito



           O tema  de  hoje  visa  discorrer  sobre a   malandragem de muitos que,    de tão espertos, chegam a ser taxados de burros por deixarem pistas do suposto "crime" que cometeram.
           A malandragem humana se não fosse trágica seria cômica, já que a vida prega peças que nos faz ora rir, ora chorar, e haja baldes de lágrimas para segurar o muro das lamentações. Eis a tragédia mais bela que há, digna de representação, afinal, vivemos de verdades ou de ilusão?
          Primeiro, falemos sobre o conceito de crime, que consiste numa infração penal/criminal que viola uma norma moral. Entendamos que vivemos em sociedade, que há leis criadas pelos homens para que pessoas convivam umas com as outras de modo harmônico, respeitando limites. O crime se consolida na violação de tais normas e leis sociais.
          Já a noção de crime perfeito está relacionada a mentes de pessoas que visam, de alguma forma, infringir a lei. Na verdade, cria-se tal conceito para alimentar o super ego de quem pretende praticar o crime, pois assim se sentem mais libertos e confiantes, visando sempre a intenção de se safar das responsabilidades de seu ato criminoso, com a suposta "certeza" de que o crime ficará impune e nunca será descoberto. A verdade é que alguns se dão bem nessa empreitada, mas outros acabam por ser descobertos e punidos.
          Há um velho ditado que diz: "o mundo é dos mais espertos", e de fato é, viver em sociedade não deixa de ser um desafio, onde para alguns ganharem é preciso outros perderem, de modo que é difícil lidar com isso, pois acabamos por ter que vencer uns aos outros, como se fôssemos jogadores numa grande batalha, sempre se desafiando e superando.
          De todas, a verdade é  uma só, de que perder nos torna frustrados, e ganhar otimistas e vitoriosos. É mais fácil lidar com o ganho que com a perda, pois nos torna frios, amargos e rancorosos. Talvez nosso maior desafio seja lidar com nosso próprio eu, uma vez que nosso estado de humor oscila entre o estar feliz e o estar triste, já que as diversas situações que sucedem fazem nosso humor e estado de espírito varie, o que é normal.
          Criamos expectativas sobre as mais diversas coisas, assim é o infrator ou criminoso, ele cria a expectativa de que sairá ileso para continuar agindo e infringindo a lei. A malandragem humana supera todas as expectativas já pensadas e imaginadas, e o fato de nossas leis favorecerem mais o bandido que o cidadão de bem nos faz desacreditar na justiça e, ainda, torna o cidadão refém da própria (in)justiça humana.
       É preciso frisar que, por mais racionais que sejamos, ainda somos animais, e animais caçam, ferem, machucam e cuidam uns dos outros. Não conseguimos nos libertar da condição de animais e, por isso, chegamos a agir por impulso, movidos pela frieza, amor e ódio. No mundo animal não existe leis, por isso os humanos costumam agir conforme suas próprias leis, ou seja, conforme aquilo que acredita ser certo ou errado, mesmo que isto signifique infrações penais e criminais no meio em que vive.
          Quem age na ilegalidade costuma deixar pistas que, nas mãos de um bom investigador, o torna capaz de juntar as peças do "quebra-cabeça" e, ainda, punir o criminoso. A prova material é a prova do crime, que prova o envolvimento do criminoso com o crime cometido/denunciado.
          Enfim, a noção de crime perfeito é a mais completa utopia, o que existe é crime mal resolvido/solucionado/investigado.


Andréia Franco
20/06/2016.




sábado, 18 de junho de 2016

O amiguinho imaginário


Créditos da imagem ao site: 

          Hoje nosso propósito é falar sobre o amiguinho imaginário: quem é? O que é? Por onde anda? Onde vive? O que ele faz? Essas e outras questões serão tratadas aqui neste breve ensaio.
          Primeiramente, é preciso discutir que temos amigos reais e, em algumas situações, chegamos a conversar com amiguinhos imaginários. Pode parecer que estou a fazer graça, mas não é, perceba uma criança quando brinca, se ela não tem coleguinhas, cria um amiguinho imaginário com quem possa conversar. Conforme vamos crescendo, nos dizem que amiguinhos imaginários existem no mundo real, e chegamos a acreditar e, muitas vezes, em atos de ingenuidade, nos pusemos a conversar com eles, pois dizem e contam que eles nos ouvem e nos protegem, risos. Logo, chegamos a idade adulta convencidos de que eles de fato existem, são reais e nos protegem. Ilusão nossa.
          Na velhice, por termos acreditado neles a vida inteira acabamos por, na ausência de alguém para conversar, conversar e desabafar com eles, para falar disso me lembro da minha falecida vozinha, que conversava muito sozinha, e de tanto conversar chegava a chorar e ficar com raiva, pois o amigo imaginário não respondia, só escutava e nunca aparecia, risos.
          Trocando em miúdos, podemos passar a vida inteira dialogando com amigos imaginários e nem ao menos nos darmos conta disso, risos. Pior, se alguém ousar desacreditar o amiguinho imaginário muitos se ofendem, é o crush atacando por causa de alguém que ele nunca viu pessoalmente, mas acredita que ele existe, e ai de quem disser o contrário.
           Vamos aos nossos questionamentos, quem é o amiguinho imaginário? É aquele ser que você nunca viu, só ouviu falar, mas que acredita que ele existe porque fizeram você acreditar fielmente nisso. Entendamos que somos influenciados por ideologias, que muito se pode contar sobre o que nunca se viu, por isso prega-se muito o mal como sendo uma coisa boa.
          O que é o amiguinho imaginário? Podemos considerá-lo como um ser que, conforme contam e descrevem, pode falar, ouvir, voar, tem super poderes, etc. Há muitos tipos de amiguinhos imaginários dentro da história da humanidade, assim como há diferentes tipos de contos de fadas.
          Por onde ele anda? Bom, isso depende da estória a ser lida, (d)escrita, contada, há diferentes espaços narrados, como o céu, a terra, o inferno, etc. Diferentes seres imaginários supõe diferentes tipos de espaços, onde eles supostamente se locomovem, andam, viajam, voam, etc. Já pensou em criar uma estória com seu próprio amiguinho imaginário? Se sim, crie, invente, recrie, no mundo ficcional tudo é possível.
           Onde vive o amiguinho imaginário? Bom, ele pode viver em qualquer lugar, depende de quem o cria, pode viver na sala, no quarto, no sertão, num apartamento, dentro de uma caixinha de fósforo ou até numa concha, fechadura, etc.
          O que o amiguinho imaginário faz? Bom, ele pode ser o que você quiser, basta ousadia para inventar e vontade para criar, pode ser um peregrino, profeta, assassino, um pássaro, uma deusa, uma serpente falante, etc. Quem o descreve e o cria pode fazê-lo como bem entender, alto, magro, gordo, feio, bonito, inteligente, burro, etc. Como muitos não criam, acreditam fielmente em quem o faz, como nos escritores, oradores, etc.
          O amiguinho imaginário existe? Sim, ele existe somente no plano da imaginação/ficção, nunca no mundo real, pode chegar a ser adorado, idolatrado, cultuado, etc., mas ele nada mais é que um mito, ou seja, uma lenda criada pelo homem para administrar a vida do próprio homem.
          O que as pessoas ganham com a criação do amiguinho imaginário? Hum, depende, pode chegar à casa dos milhões, trilhões, etc., tudo depende de qual amiguinho imaginário seja, bem como das intenções e forma como controlam a suposta existência do amiguinho imaginário, pode ser através dos livros, manipulação do discurso oral e escrito, etc. Além disso, com a criação, descrição, disseminação da ideologia do amiguinho imaginário também é possível transmitir valores morais, sociais, etc., ou seja, é uma boa aliança entre o ficcional e o considerado "útil".
           Entendamos que até o próprio mal pode ser descrito como uma coisa boa em algumas passagens literárias, o livro é criação de um homem comum com o dom da escrita, que esculpe a palavra como se esculpisse ouro, quem garante que o autor não agiu de má fé ao descrever o mal como sendo uma coisa boa em sua obra?
         Então, agora que já aprendestes tudo sobre o amiguinho imaginário conta pra mim, você adora ou cultua algum deles? Afinal, de louco e doido todo mundo tempo um pouco, só que uns menos e outros mais, risos.



Andréia Franco
18/06/2016.


O ÓDIO E O TERRORISMO




           Nossa reflexão de hoje visa debater sobre a relação do ódio com o terrorismo.
           Primeiro, entendamos que o ódio, em pequeno ou maior grau, é um sentimento natural da espécie humana, já que temos dificuldades em lidar com o universo exterior a nós e costumamos nos desagradar com muitas das coisas que acontecem no mundo, que alguns sentem ódio por serem amados, outros por serem odiados, que este ódio e sentimento reprimido dentro de nós pode significar um palito de fósforo capaz de desencadear verdadeiras tragédias contra a humanidade, como extermínio em massa, assassinatos, espancamentos, etc.
          Figurativamente, o terrorismo pode ser comparado a um barril de pólvora, já o ódio a chama que o faz explodir, quando se alimenta/propaga o ódio dentro das pessoas (in)diretamente, se contribui para a permanência do terrorismo no mundo. Entendamos que pessoas agem de determinadas formas/maneiras pelos mais diferentes motivos, de modo que a instauração do ódio contribui para um aumento considerável de mortes/assassinatos, pois as pessoas se odiando mais se matam mais, é a lei de causa e efeito, o que torna o homem predador de sua própria espécie.
          Indo mais além, percebamos que há projetos de poder que visam o extermínio em massa e diminuição populacional, instaurar o ódio social/racial/homofóbico, etc., permite que pessoas briguem e se matem entre si sem que ao menos a minoria que controla a indústria dos alimentos, vacinas, mídia, etc., se dê ao trabalho de mover se quer uma palha, pois isso se dá pelo controle psicológico das pessoas. Quem age movido pelo ódio, parte das vezes, ou mata ou morre, pois sabendo da impunidade se sentem libertos e protegidos em berços ideológicos que mais favorecem o bandido que a vítima, é o momento que o lobo mal ataca sabendo que ficará ileso.
          O pior é ter que descobrir que somos usados para propagação do ódio sem ao menos nos darmos conta e, assim, pessoas continuam a se explodir e a explodir terceiros, usados em prol de projetos de poder que, por estarem possuídos pela cegueira coletiva e de massa, nem sequer enxergam sua real condição, muitos de vítimas, outros de culpados, etc. Estes, por sua vez, são doutrinados por líderes  disfarçados de cordeirinhos que, após sentirem que muitos não são mais úteis, os exclui/discrimina/mata/extermina, etc. pois só somos úteis enquanto servimos a interesses alheios, essa é a real, pessoas só fazem determinadas coisas por outras visando algo em troca, assim é o mundo, é a lei da troca. Não acredita? Fique sem dinheiro e doente para saber quantas pessoas vão te visitar enquanto estás enfermo e precisando de ajuda! 
          Pessoas movidas pelo ódio agem como verdadeiros animais numa selva, onde uns caçam os outros, cada um fazendo seu papel: o predador e a presa, onde o predador precisa caçar, exterminar ou exercer domínio sobre a presa para se sentir no controle, pois esse jogo  contribui para a instauração do medo, que também consiste num meio de controle social, pessoas com medo mais recuam que avançam, eis a verdade. Uns se sentirão beneficiados em propagar o ódio/medo, outros em morrer por ideologias genocidas, e o conto de fadas das virgens serve de consolo aos másculos que se explodem com a intenção de serem recompensados numa suposta vida após a morte, se é que isso existe.
          Disso tudo uma coisa é certa, não é fácil para alguém que viveu sempre na ilusão se convencer de que foi enganado a vida inteira, a ilusão nos serve de conforto para culparmos o Além pelas tragédias cometidas contra a humanidade e inocentar os verdadeiros responsáveis,  assim quem rouba continua roubando, quem mata continua matando, etc., tudo conforme as leis propagadas em nome do Além, onde os verdadeiros culpados continuam ilesos, agindo como cordeirinhos para atrair pessoas para o regime da servidão, escravidão, discriminação, etc.
          Eliminar o ódio dentro da sociedade é praticamente impossível, pois o bem e o mal habita em nós, este é o lado mal que mora em nós, o que é possível fazer é adotar políticas públicas que torne as pessoas mais capazes de lidar com as diferenças sociais, culturais, raciais, etc., bem como oferecê-las suporte e ajuda financeira, psicológica, etc.,  para que convivam de forma mais harmônica umas com as outras.
          Portanto, oferecer ilusões gera lucros, ajuda humanitária não, por isso se ora tanto e se ajuda pouco, é o orar-ação que, sem ação, não tem força para ajudar nem a seu próprio irmão.


Andréia Franco
18/06/2016.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O (NÃO)PROIBIDO

Créditos da Imagem ao site:


          Nossa discussão de hoje visa debater questões que dizem respeito ao (não)proibido, considerando que tais questões, apesar de polêmicas, fazem parte de nosso dia a dia.
          O termo proibido se refere ao que denominam como pecado, isso aguça a curiosidade humana, pois o que não se pode provar/fazer pode ser bom ou mau, é preciso experimentar para saber, afinal, alimentamos fetiches dentro de nós. Já o não proibido diz respeito ao que está ao nosso alcance, ao que podemos provar, tocar e experimentar. Dos dois, o proibido é o que mais aguça nossos instintos, pois acabamos por sermos idealistas/utópicos, costumamos querer/desejar/sonhar o que nunca nos foi permitido possuir.
          Para entender o idealismo dentro de nós não precisa ir muito longe, basta passear pelos campos verdes e floridos descritos pelos mais diferentes poetas, verdadeiros paraísos de um mundo bucólico e surreal. A vida real é um tanto fatídica e monótona, arrumamos as mais diferentes formas de sairmos desse campo e transcender, seja por intermédio da música, leitura, cinema, escrita, etc. A arte representa a vida humana dos mais diferentes ângulos e formas, é preciso paciência tanto para estudá-la, quanto para esculpi-la e lapidá-la.
         O proibido aguça nossos sentimentos mais íntimos, seja na esfera alimentar, sexual, de leitura, etc. o não proibido acaba por tornar o mundo monótono, queremos sair da monotonia e por isso o proibido nos atrai. Temos desejos de possuir o que nunca tivemos, em querer provar se o sabor é doce ou amargo, em que grau, se forte ou fraco, uma vez que estamos propensos a viver experiências diferentes, a vida é um movimento eterno, um ciclo de horas, dias, anos, este ciclo não pára, está em constante mutação, para nós este ciclo termina o dia que morremos, os que ficam o renovam e assim a vida permanece. O ser humano, apesar de racional, também age por instinto, uma vez que pessoas quando perdem a cabeça matam, torturam, estupram, etc., o que só prova que, apesar de evoluídos, somos animais, agimos como primitivos, que caçam, roubam, cuidam, etc.
          Nossa frustração talvez seja perceber o quanto são limitadas as coisas/pessoas que estão ao nosso alcance, pois o mundo televisivo, midiático, etc., nos estimula a querer possuir, bem como se apossar do que nunca tivemos/pudemos ter, de modo que aqueles que controlam tais meios de comunicação sabem muito bem como trabalhar a manipulação de massa, tanto que muitos chegam a ficar falidos por agirem pelo impulso consumista.
          Curiosamente, não temos aulas de economia em grande parte de nossas escolas, eis a razão, estimular o consumo desenfreado que tanto sustenta a indústria, bem como o comércio de roupas, alimentos, etc. Se fôssemos mais controlados muitas indústrias faturariam menos, pois compraríamos menos, o que não é de interesse de muitos, pois há aqueles que sobrevivem do resultado do consumo exagerado das pessoas, como os bancos, que lucram em cima dos juros de seus dividendos.
          Enfim, é preciso ponderação com o (não)proibido, já que lidar com o que podemos ou não ter é um desafio constante, que nossos erros nos sirvam de aprendizado e assim amadureçamos.



Andréia Franco
13/06/2016.











sábado, 11 de junho de 2016

FAZER SEXO NÃO É PECADO

Créditos da imagem ao site: 


         Fico a me perguntar quais as razões que nos faria pensar que fazer sexo é pecado, só me vem uma à cabeça, de que foi o homem quem criou o conceito de pecado, bem como outros termos à respeito.
        Antes de falar sobre o pecado, precisamos entender que somos animais, assim como tantas outras espécies e, por isso, o sexo é uma necessidade fisiológica, a vida é um ciclo, onde nascemos, crescemos, procriamos e morremos. Este ciclo precisa existir para que a vida exista na terra, pois garante a perpetuação das mais diferentes espécies.
        O ser humano se particulariza por ser racional, tem a capacidade de pensar, falar, expressar, comunicar, etc. Se fazer sexo é normal nas demais espécies por que seria pecado ao homem? Ora, criou-se o conceito de pecado como sendo uma coisa suja, a ponto de nos fazer se sentir culpados por pensarmos ou concretizarmos nossos desejos sexuais.
        Entendamos que, como qualquer outro animal, alimentamos dentro de nós desejos, e o sexo é um deles, o que é normal. O conceito de sexo enquanto pecado nos reprime e, no fundo, nos torna frustrados, queremos suprir nossas necessidades fisiológicas e, o bicho homem sabendo disso, cria o conceito de pecado para nos doutrinar. Contos de fadas existem, quem nos doutrina acaba por nos controlar, precisamos viver em grupos, nos enturmar, por isso somos facilmente influenciados por pensamentos diversos, (i)morais.
         Seres machos e fêmeas nascem cada um com particularidades justamente para se acasalarem, como é o caso dos seios da mulher, que temos propositadamente para amamentar nossos filhos recém-nascidos. Qual o pecado em humanos terem relações sexuais na época que acreditam estarem preparados para isso? Ora, é leviano pregar o sexo como pecado se nossas partes íntimas servem para isso.
         A questão é que o sexo deve ser consentido, um ato de respeito, proteção e carinho pelo(a) parceiro(a), sem violência, que seja bom para as ambas as partes. A prática do sexo produz benefícios ao corpo humano, como a diminuição do estresse, relaxamento, melhora no estado emocional, redução do risco de infarto e derrame, etc., ou seja, somos educados a ver o sexo como uma coisa imoral, o que é errado. Veja a que ponto chegamos, as pessoas quase não fazem mais sexo entre si, somos uma geração de solitários, tanto que a criação de bonecas infláveis e robôs sexuais são, justamente, para substituir as relações reais, de contato carnal, o que não deixa de ser um método de controle de natalidade no mundo.
         Espero que nossa reflexão de hoje nos sirva para compreendermos que o sexo é, nada mais, que uma necessidade fisiológica, que garante a perpetuação da raça humana.

Andréia Franco
11/06/2016.


(F)Utilidades

Créditos da imagem ao site: 
http://blogdoeris.blogspot.com.br/



         É de se questionar qual a razão de debatermos a respeito de (f)utilidades, simples, perdemos mais tempo com coisas fúteis que com aquelas que de fato importam.
       O (f)útil é, na verdade, perda/ganho de tempo, é a lei da natureza, o movimento, o ciclo, o que prova que tudo muda, as pessoas, o modo e a forma de se comportarem, suas razões e motivos para agirem de modo animalesco, como seres selvagens, perceba bem o João de Barro, ele constrói sua casinha de barro para morar, já o passarinho constrói seu ninho, a tartaruga carrega sua própria proteção e moradia: sua casca, já o ser humano usa sua inteligência e força braçal/material para construir seu próprio lar. Dentre todos estes animais citados, o bicho homem é o único que destrói a todos, até mesmo os de sua própria espécie, a natureza é auto suficiente, não depende de nós para existir, mas nós não, dela tiramos nossa comida, minerais, água, madeira, etc., enfim, a matéria-prima que mantém a indústria dos alimentos, remédios, carros, etc.
         A natureza é perfeita, o problema está em nós, que nos contaminamos com discursos de ódio, conspirações genocidas, ideologias fraudulentas, amigos imaginários (é legal adorar a natureza, ela existe, mas adorar o que nunca vimos a olho nu, só ouvimos falar, é cruel, risos.), o desejo ora sexual, ora de poder, controle, dominação, etc., somos tão humanos que chegamos a ser desumanos com os demais, nossa moralidade acaba por se tornar algo imoral, apontamos tanto o dedo para o umbigo alheio que não enxergamos o que há de ruim em nós mesmos, como se todos os males estivessem sempre nos outros, nunca em nós, nunca em nossa perspectiva de vida, nunca em nossa forma de ser, se comportar, agir e lidar com o outro.
         O mundo que vivemos é regido por regras, elas próprias nos exterminam, é a lei animal, quem faz as leis são os próprios homens, uma perigosa espécie, fazem a lei onde quem tem mais poder que manda, a lei do tudo e do nada, pessoas/grupos querem controle sobre os demais, por isso criam leis, para serem beneficiados, seja financeiramente, sexualmente, moralmente, etc. É uma artimanha danada, por meio destas leis criam liberdades para matar, roubar, abusar sexualmente/psicologicamente/fisicamente das pessoas, e a corda sempre arrebenta para o mais fraco, é a lei do maior sobre o menor, o maior oprime o menor, somos oprimidos sem ao menos nos darmos conta, de tanto lidar com isso acabamos por viver assustados, com medo de nos relacionarmos com os demais, como se todos fossem iguais, e não são.
         Podemos aprender muito com algumas pessoas que passam por nossas vidas, coisas boas ou más, mas precisamos selecionar tudo o que é bom e jogar o que é ruim na lata do lixo, porque é no lixo que tudo que é ruim deve estar, mas como eu já disse, o problema está em nós, pois ao guardar o que é ruim para nós acabamos, muitas vezes, por sofrer/morrer em vida, por isso doenças psíquicas e neurológicas nos atingem tanto, por termos dificuldades em nos livrarmos de nossos traumas e sentimentos ruins que nos agridem e fazem sofrer nossa alma.
         O sentimento é algo muito nobre dentro de nós, mas ele pode ser alimentado por coisas boas e más, pode significar ora nossa alegria, ora nossa tristeza, nele guardamos nossos desejos, sonhos e segredos não revelados, bem como nossas melancolias e frustrações. Dizem que o sofrimento é coisa do destino, mas vejo isso como mais uma justificativa para nos conformarmos com as coisas ruins que assolam nossas vidas, como a morte de parentes e amigos, bem como com nossas perdas (i)materiais.
          (F)Utilidades podem significar tanto nossa prisão, quanto nossa salvação, pois através de gestos considerados (f)úteis acabamos por nos tornar pessoas grandiosas e/ou pequeninas, de modo que nossa grandeza está no brilho de nossos olhos, no sorriso, em nossos gestos, etc., já nossa pequenez está em nossos medos, anseios, amarguras, etc. Ao final, ao passarmos por situações boas e más, amadurecemos, aprendemos, nos tornamos pessoas boas ou más, já que somos facilmente influenciados por pessoas boas e más.
         Enfim, o útil pode ser algo inútil e irrelevante, já o inútil pode ter, no fundo, grande valor, tudo depende da perspectiva e da forma como enxergamos as coisas.

Andréia Franco
11/06/2016.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

PESSOAS NÃO PRECISAM DE SALVAÇÃO, MAS SIM DE AJUDA



         Vamos lá, o tema de hoje é um tanto delicado, mas é preciso tratá-lo da forma mais respeitosa possível.
         O conceito de salvação é abordado como compensação, onde o indivíduo será supostamente recompensado pelas  coisas "boas" que tenha feito enquanto tinha vida, mas o fato é que "bom" é um conceito que varia como, por exemplo, o bom para para um psicopata pode significar morte e sofrimento alheio. Do contrário, para outras pessoas pode significar  afeto, carinho e atenção.
          Seguindo tal raciocínio, perceba que tais conceitos variam de pessoa para pessoa, o que é notável frisar que tais diferenças são bastante evidentes nos livros, já que eles são escritos tanto por pessoas boas quanto por sujeitos mau intencionados, cabendo ao leitor selecionar e eleger suas obras preferidas. Há muitos livros que nos ajudam a enxergar e lidar melhor com o mundo, há outros que nos deseducam, que propagam o mau como sendo uma coisa boa, tudo em nome do Além, porque o Além tudo permite e tudo aceita, momento este que o disfarce do mau em bom se concretiza, pois tudo é questão de perspectiva, de saber lidar e manipular o discurso.
        É de se notar que pessoas más usam de nossa ingenuidade, bem como de nossa humildade e simplicidade para se beneficiar e favorecer, pois pessoas agem conforme seus próprios interesses, muitos não revelados, que podem ser bons ou maus, o que é bom para você pode ser mau para o outro e vice-versa, eis a verdade, tudo é relativo, e essa relatividade das coisas influencia em nossas vidas, bem como na forma de lidarmos com o universo exterior a nós.
         A salvação parece ser  uma solução tardia, é algo que você nunca sabe se ela de fato vai chegar, se é verídica ou não. As pessoas acreditam tanto na salvação porque elas querem se sentir confortadas, a fim de amenizar suas dores, tristezas e frustrações com o mundo real. Durante nossa jornada, lidamos com os mais diversos tipos de pessoas, muitas boas outras más, nos decepcionamos com elas, pois somos seres selvagens e, enquanto selvagens, estamos sujeitos a trair, a sermos desleais, bem como manipulados e influenciados.
         O conceito de salvação se afirma propositadamente em nossa cultura porque somos esperançosos, temos feridas físicas e psíquicas que nos machucam, a sensação de conforto trazida pela noção de salvação tranquiliza e acalma nossa alma, por isso ganham tanto em cima de nossas tristezas e decepções, porque nos sentimos frágeis, mesmo quando queremos parecer fortes.
         Quem nos manipula sabe como agir e se aproximar, se disfarçam de bons, até mesmo quando não são bons, sabem que, no fundo, certas vezes, sofremos, por isso a ilusão ganha tanta força dentro de nós, porque acreditar em algo que você nunca viu ou presenciou é mais fácil que aceitar a dura realidade, bem como o lado ruim e maligno das pessoas, a ilusão acaba por ser mais aceitável que a própria realidade. A ilusão nos conforta, a verdade é tão dura que, às vezes, chega a ofender, eis a vida, eis o motivo de a fantasia ser mais aceitável.
         Oferecer aos outros uma suposta salvação e não ajudá-los de verdade é lucrativo, pessoas precisam sobreviver, precisam comer, se vestir, de moradia, educação, saúde, segurança, lazer, etc., eis nossas reais necessidades, é mais fácil oferecer uma fantasia e criar uma ilusão na mente das pessoas que ajudá-las propositadamente, a fantasia é alimentada  pela palavra, já nossas necessidades básicas requerem tempo, mão de obra e recursos, eis um dos motivos de muitos agirem mais para se beneficiar que propriamente para ajudar.
         A ilusão cega, a realidade nos faz acordar para a vida, por isso chegamos a expelir a verdade e a viver de ilusão, é mais doce e menos dura, pessoas agem conforme seus próprios interesses, onde muitos perdem e poucos ganham, a ilusão chega a ser lucrativa, onde quem a manipula ganha com o sofrimento alheio, alimentando ilusões inverídicas no sujeito, transformando a ilusão numa fonte de renda e até mesmo num negócio.
          Enfim, pessoas não precisam de salvação, sim de ajuda, precisam de apoio emocional, financeiro, etc., mas o fato é que uns lucram pregando e difundindo a ilusão, por isso vendem tanto coisas que nunca chegamos a presenciar, se é preciso morrer para saber se a salvação existe, por favor, quem morrer volte para me dizer, pois contos de fadas dizem coisas verossímeis e surreais. Por incrível que pareça, até hoje nenhuma alma penada voltou para me contar se a salvação de fato existe, o que considero suspeito!

Andréia Franco
09/05/2016.

















quarta-feira, 8 de junho de 2016

O INFERNO E O PARAÍSO SÃO ESPELHOS DE NÓS MESMOS


Imagem retirada do site:


           Falemos hoje da noção de inferno e paraíso, pois para isso não precisamos ir muito longe, basta aperfeiçoar nosso olhar analítico e observador.
           No inferno é onde mora a maldade, malandragem, tristeza, melancolia, enfim, é como se fosse o lado negro do nosso eu, também se afirma como o castigo e penitência daqueles que não foram bons o suficiente ao longo de suas vidas, mas, qual o castigo/penitência pior que sofrer por nossos próprios erros, que sermos castigados pela massa opressora, calados ou até mesmo mortos? O inferno é ora o padecer em vida, ora o que nos afasta dos demais, é ter que aprender a lidar com o lado ruim do ser humano, aprender a enxergar suas artimanhas, bem como seus jogos que protege uns e desclassifica/extermina outros.
          Já o paraíso descrevem como sendo o lado bom, alegre, plausível, como a luz que ilumina a escuridão, é a luz que emana de nossa alma, o carisma, a afeição, a graça, o riso, a beleza, é o lado bom daquilo que admiramos nas pessoas, que nos aproxima, que nos faz querer estar próximas a elas e até mesmo a querer controlá-las. Um paraíso é construído por nossos desejos mais íntimos, seja sensitivo, sexual, emocional, pode estar mais próximo a um ideal, ou seja, reflete aquilo que não temos e tanto desejamos/queremos ter/alcançar.
          Não haveria sentido as trevas sem a luz, nem a luz sem as trevas, é preciso um existir para o outro também existir. A tragédia humana é alimentada ora por nossa graça, ora por nossa desgraça, já que vencemos e perdermos nessa grande batalha da vida, de modo que temos mais facilidade em lidar com o ganho, que é algo compensador, que com a perda, onde nos é tirado/suprimido algo/alguém que tanto amamos/cuidamos/almejamos.
           Pregam ideologias de seres perfeitos porque a perfeição humana está em nossos próprios defeitos e frustrações, nunca seremos suficientemente perfeitos para alguns, para outros talvez, isso reflete nossa necessidade de criar, em nosso imaginário, seres e situações que estão acima de nós, num plano elevado e espiritual, eis o momento que o céu e o inferno tomam forma, onde o irreal e o surreal nos é servido de banquete como ideologia ora como recompensa, ora como castigo.
         Como nossas emoções, sentimentos e alegrias são limitados, criamos seres imaginários que refletem o que há em nós, fazendo eclodir o inferno e o paraíso, mantendo a literatura, o discurso e a criatividade viva, que alimentam nossa necessidade de ficção e fantasia, perpetuando a existência destes seres superiores enquanto entidades imortais e permanentes nas mais diversas culturas e sociedades.
          Enfim, queremos ser muito espertos, mas sempre haverá alguém mais esperto que, conhecendo nosso ponto fraco usará isso a seu favor, o paraíso e o inferno nada mais é que uma visão utópica do que há de bom e mau dentro de nós, alimentada por nossos medos, bem como por nossa necessidade de recompensa.



Andréia Franco
08/05/2016.


terça-feira, 7 de junho de 2016

O BEM E O MAL HABITA EM NÓS

Créditos da imagem ao site:




         Ao longo de nossas vidas nos deparamos com diversos tipos de pessoas, de modo que ficamos a nos perguntar qual a razão para algumas serem tão boas e outras tão más.
           A razão disso tudo é uma só, a de que o bem e o mal habita em nós, de que há pessoas que desenvolvem mais seu lado bom e outras mais seu lado mau. Agimos por instinto, há momentos que nossos instintos falam mais alto que nossa razão, e isso diz respeito ao sexo, ao amor, desejo, querer, poder, dinheiro, controle, etc., de modo que podemos conviver com certas pessoas durante grande parte de nossas vidas e nunca as conhecermos de verdade, a ponto de não sabermos do que de fato elas são capazes.
           Nossa individualidade diz muito sobre nós, somos pessoas diferentes, agimos de modos diferentes, eis a nossa dificuldade em lidar com o outro: aceitar a diferença, muitas pessoas são como se fossem um pedaço de nós, outras não passam de estranhos, nossa dificuldade é aceitar o outro da forma que ele(a) realmente é, acabamos por se queixar tanto do modo como o outro age, se veste e se comporta que o problema parece estar sempre no outro, nunca em nós.
           Costumamos julgar as pessoas à revelia, como se fossem produtos, pois nos aproximamos e nos repelimos uns aos outros como se fôssemos produtos, classificados pela cor, raça, religião, acessórios, designer, etc., muitos compram pessoas e muitas pessoas se vendem, não que isso seja nossa culpa, mas o fato é que somos inseridos numa sociedade egoísta, mesquinha, genocida, assassina, onde a aparência e dinheiro vale mais que aquilo que realmente somos, uns chegam a atropelar os demais para sair na vantagem, como se viver fosse um constante estado de guerra, seja com nossos conflitos mais íntimos, frustrações, desânimos, com o diferente, o social, etc.
           Precisamos viver em sociedade e temos dificuldades em lidar com tudo que é exterior a nós, tudo é limitado em nós, nossa força, fraqueza, felicidade, tristeza, etc., de modo que a noção de bem ou mal reflete justamente isso que há em nós: a bravura e a fraqueza, cuja intensidade varia conforme nosso estado de espírito, se estamos em paz ou em guerra, se a tranquilidade habita em nós ou o sentimento da raiva, do ódio, da amargura e impotência nos domina e consome a ponto de nos fazer se sentir num verdadeiro inferno, a ponto de nos transformar em pessoas doentes, amedrontadas, com medo do mundo, de todos e também de nós mesmos.
         Em resumo, o bem e o mal habita em nós, cuja intensidade varia conforme nosso estado de espírito, cultura, educação, amizades, traumas, etc., bem como ora com nossa facilidade, ora com nossa dificuldade em lidar com tais sentimentos, sensações e experiências.



Andréia Franco
07/05/2016.