Vamos entender por
mudança todo comportamento que foge aos paradigmas normais de comportamento, de
modo que cada sociedade tem suas próprias leis e regras, já que elas refletem ideologias
instauradas para administração de determinado grupo.
Nossas
sociedades são habitadas e formadas por homens, de modo que nossos livros são escritos, impressos, divulgados e
vendidos pelos homens, uma vez que a comercialização de produtos gera dinheiro,
direito gera capitalismo, interesses, etc. Então, nada mais lógico em se
pensar que as leis são criadas pelos
homens para administrar a vida do próprio homem. Dizem que certas coisas
vêm do céu. Bom, até hoje nunca vi alguém morrer e vir me contar como é o céu,
muito menos de leis, você já? Se não, vamos centrar os pés no chão, sem fugir
para determinadas demagogias. Já escutei relatos, mas relatos qualquer um pode
escutar ou inventar, e isso o escritor ou orador é capaz de fazer com uma
maestria tamanha.
O
fato é que a literatura, ao longo da história da humanidade, vem cercada de
estórias verossímeis com o real, o que causa certa “confusão” no leitor, a
ponto de fazê-lo acreditar que aquilo que está ali no texto “é tudo real, cuja
verdade não pode ser nem mesmo contestada”. Quando isso acontece e é
disseminado/imposto a um grupo, (in)diretamente, isola-se um ponto de vista em
detrimento de outros, uma vez que, por trás desse comportamento, há “intenções
secundárias” de quem defende tal ideologia, que poderia ser de convencimento,
por razões financeiras, políticas, para
impor padrões de comportamento, de vestimentas, etc. Cabe-nos frisar que algumas
ideologias movimentam indústrias de roupas, acessórios, editoras, etc. Então,
porque não pregar ideologias? A falta de informação favorece o ladrão, se as
pessoas não questionam o mais provável é que os beneficiados em disseminar tais
ideologias acabem por controla-las mais facilmente, lucrando também com isso,
eis o motivo em manter o domínio, o poder e o controle sobre elas.
Em
razão disso, cabe-nos dizer e afirmar que a literatura influencia nas
ideologias sociais e culturais de uma sociedade, de modo que muitas de nossas
leis são baseadas em escritos, sejam eles religiosos ou não, já que quem não
cria copia, já ouviu isso? A coisa caminha por essa linha de pensamento, as
pessoas usam e até mesmo deturpam determinados conceitos a fim de obterem
benefícios, na maioria das vezes usando da ingenuidade, humildade, simplicidade
e honestidade das pessoas, etc.
Vale ressaltar que a palavra mudança advém do
latim mutare, que significa mudar. A
mudança pode acontecer de diversas formas que vão desde o pessoal até o social,
de maneira que o social influencia no pessoal, e vice-versa. O que defendo aqui é que mudanças de paradigmas nada
mais é que mudarmos o nosso comportamento com relação à forma que lidamos com
determinados fatos, coisas ou situações. Então, primeiro vem a mudança, depois a
revolução.
No
mundo, temos sociedades com culturas mais e/ou menos fechadas, desenvolvidas,
desenhadas e projetadas de modo diferente. Como é de se prever, tais leis
tendem a favorecer mais uma minoria que quer se manter no poder e se avantajar
com salários “gordos”, carros de luxo, mansões, etc.
A
desinformação da maioria favorece o seu controle e manutenção, uma vez que
cachorro não costuma largar fácil o osso, ainda mais quando ele é gordo e tem
muita carne. Tal pensamento nos induz a dizer que determinadas mudanças dentro
de uma determinada sociedade precisam acontecer de modo forçado, pressionado
pelo povo. Eis a razão de vermos tais líderes semear tanto ódio com o intuito
de calar o povo, de lançar uns contra os outros como se fossem animais brigando
contra si, com o simples intuito de separá-los, distraí-los, como gado no pasto.
Quem briga não se reúne, não se torna um sujeito ativo na política do seu país,
simplesmente aceita, se cala, e tudo continua por isso mesmo. A maioria
trabalha e paga devidamente seus impostos, mas quem usufrui é a minoria que
manipula e controla a população.
Eis
a necessidade de mudança, mas que essa mudança comece por nós mesmos, pois não
somos gado e nossa comida não é pasto, pessoas devem e merecem serem tratadas e
respeitadas como pessoas, tem deveres, mas também direitos. Nossos DIREITOS UNIVERSAIS nos amparam e
protegem, mas não existem direitos humanos em determinadas nações e situações.
Que fazer então? Confinar-se ao medo ou dar seu grito de basta? Muitas
conquistas são adquiridas com lutas, já que toda luta não deixa de ser também
uma batalha digna de derramamento de sangue, sorrisos, vitórias e conquistas.
Mudança gera revolução porque mudança não é
nadar contra a maré, mas enxergar e reconhecer que algo está errado, que
precisa ser repensado, visto, discutido e assimilado pelos demais. É mais que
provável que o novo cause certa “estranheza” para alguns, já que há pessoas
mais e/ou menos propensas a aceitarem o novo, uma vez que conviver com o novo
não deixa de ser um desafio.
A
revolução acontece quando o novo passa a ser assimilado por uma grande maioria,
é como uma energia contagiante, onde os demais ensejam tais mudanças e passam a
lutar para que elas venham a acontecer de fato, na busca por uma sociedade mais
justa, igualitária e melhor para se viver, independentemente do sexo, cor, raça
ou etnia do indivíduo.
Enfim, é preciso mudar para revolucionar.
Andréia Franco
Jornalista (MTB 3409/GO)
13/03/2016.
Grande Jornalista, poeta. escritora, e filósofa por natureza.
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