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Inicialmente, é preciso
frisar que a noção de “pecado” advém de uma perspectiva religiosa que visa privilegiar
um determinado grupo em detrimento de outro, um exemplo disso é quando dizem
que a heterossexualidade é normal e a homossexualidade anormal. Pensemos então
que por trás de todo discurso há alguma intenção, seja de convencer, persuadir,
lucrar, desacreditar, tornar imoral algo comum da própria natureza, etc.
Se a homossexualidade acontece e é comum entre as demais
espécies, por que então seria incomum somente na espécie humana? O motivo já
foi explicado acima, privilegiar um grupo em detrimento de outro. Nesse jogo
discursivo, enaltece-se uma casta (sistema tradicional de casamento entre homem
e mulher) e prega-se que o diferente é pecado, como algo imoral, que não merece
crédito, que precisa ser excluído, não inserido, talvez expulso de algum lugar,
etc.
Isso
acontece também quando se fala de privilégios de uma raça em detrimento de outra,
como a branca e a negra, da relação homem X mulher, etc. Dizem que Jesus era um
homem branco, mas se ele tivesse nascido negro, será que teria tantos
seguidores? Enfim, não há discursos sem intenções, e tudo é calculado para que
alguns mantenham seus privilégios e outros acabem por sustentar esses
privilégios, basta estudar História para entender isso, que nada mais é que
recortes de fatos passados para que possamos ter noções mais amplas e diversas
do que vemos e vivemos todos os dias.
O
problema é que toda essa triangulação de interesses e estratégias costuma vir “maquiada”
em discursos sutis do dia a dia, como em normas para se vestir, com quem se
relacionar, o que aceitar ou não, de que uma cor é superior à outra, etc.
Enfim, trabalha-se muito para que a “normalidade” sempre prevaleça, já que a
classe privilegiada dificilmente quererá perder sua avareza.
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Os avarentos não prevalecerão!