quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Leitura Reflexiva da notícia: “Autora de ‘Como matar um marido’ é suspeita de matar o marido”



O público surpreendeu-se com a notícia: “Autora de ‘Como matar um marido’ é suspeita de matar o marido”.  Cara, quando a piada já vem pronta não precisa nem falar, só refletindo sobre a mente humana para perceber os estágios evolutivos do pensar para a prática.
           Vamos que, para um assassino, matar ou morrer é um jogo, então, como todo malandro sempre pensa que ora vai se dar bem, ora não vai ser descoberto, ele acaba sentindo que vai levar a melhor, o que pode ser só uma sensação de momento, ou  seja, ele vai acreditar que sempre vai ganhar, não perder, então, porque não jogar?
            Sem dúvida, a mente humana esconde vários segredos e isso envolve o elemento surpresa, pois, apesar de se achar sabido, o malandro sempre deixa rastros para trás de seus atos ilícitos, como no suposto caso da autora do referente texto. Neste liame, percebamos três estágios:
            Da internalização do ato: o que ocorre, principalmente em casos onde há grandes valores envolvidos, como seguros de vida, propriedades, etc, onde um começa a pensar que o outro vale mais morto que vivo, momento em que a opção separação não passaria pela cabeça de quem objetiva praticar tal ato, já que ele pensa que vai se dar bem, que vai lucrar com isso, que pode ludibriar investigadores, polícia, amigos, enfim, tem gente que se acham os mais espertos do planeta terra. Mas, como muita esperteza acaba por virar burrice, vejamos o outro estágio;
Quando o indivíduo praticante do ato ilícito começa a exteriorizar tal desejo, ou seja, ele não consegue mais guardar para si e começa a exteriorizar aquilo que tanto deseja, seja falando sem perceber ou propositalmente aos outros, por meio de escritos, desenhos, etc, deixando pistas daquilo que pretende fazer, enfim, será que o texto “Como matar um marido” representara de fato um desejo de sua autora?
Da concretização do ato: neste estágio, é matar ou morrer, onde o agressor busca dar fim na vida de sua vítima que, parte das vezes, acaba por ser alguém de seu ambiente familiar, pois, muitas vezes, o inimigo não mora ao lado, mas sim na sua própria casa. Quando o agressor chega neste estágio, provavelmente ele já passou muito tempo planejando em como irá concretizar tal ato, então, é grande a chance que ele consiga dar fim à vida de sua vítima sem deixar pistas.
Peraí, tudo seria mais difícil de desvendar se o agressor, no estágio dois, não tivesse deixado pistas para trás, como um suposto texto “Como matar um marido”. Há um ditado popular que diz: “cobra a gente pega pela boca”, talvez fosse este o caso.

Andréia Franco
21/06/2018