segunda-feira, 18 de abril de 2016

A lei do retorno tarda, mas não falha.





Acreditar na lei do retorno é, nada mais, que acreditar na lei da vida. Na natureza humana, há forças que podemos ou não controlar, e uma delas é a lei do retorno.
Ao longo de nossa jornada, fazemos e desfazemos coisas, mas algumas delas jamais poderão ser desfeitas, isso em razão do quesito tempo, que jamais há como retornar. Se soubéssemos que determinadas coisas que fazemos daria errado com certeza jamais as faríamos, mas o fato é que a vida é repleta de situações inusitadas que simplesmente não há como prever, elas acontecem você querendo ou não.
Nossos limites nada mais são que os extremos a que podemos chegar ou não, de modo que o “eu” individual constantemente entra em conflito com o social, já que somos pressionados e oprimidos a agir conforme as leis que regem a sociedade que habitamos, por mais injustas que elas sejam.
Para discutirmos tal ideologia, abordemos o ditado que diz que pra toda ação há uma reação e, em se tratando de vida humana, é fato que ao fazermos coisas boas ou ruins recebamos coisas boas ou ruins. Porém, é de se notar que a noção de bom ou mau nada mais é que um conceito usado para separar e classificar pessoas e coisas, de modo que a variação de tal definição é o que mantém tal debate sempre vivo e atual.
Enxergo o ser humano como uma caixinha de surpresa, principalmente quando ele é frustrado, pois, não assumindo sua culpabilidade referente às coisas que não deram certo em sua vida, ele simplesmente culpa o outro, isolando o seu ego da responsabilidade de seus próprios erros, culpando o outro, como se a própria razão de o outro existir fosse razão para torna-lo culpado. Entendamos que a melhor defesa é sempre o ataque, assim você fragiliza sua vítima e ainda fica de boa. Ora, o psicopata é o melhor exemplo nesse quesito, fragilizando o outro ele está nada mais que se autopromovendo, não que isso diga necessariamente a cargos e salários, pois há pessoas que nada mais querem que o sofrimento alheio. O lobo mau vestido de cordeirinho beira a nossa porta, de modo que as piores coisas, parte das vezes, vem das pessoas que menos se espera.
A lei do retorno é a do bate-e-volta, ao agirmos de determinadas maneiras nos tornamos responsáveis por nossos próprios atos, de maneira que um dia, lá na frente, venhamos a ter que prestar contas com o destino. Não vou pregar aqui uma de justiceira, já que o próprio conceito de justiça varia, não é à toa que um dos símbolos do direito é a figura de uma mulher com olhos vendados segurando uma balança. Nossa justiça é cega, nosso sistema é falho, opressor e mudo, é a força do maior sobre o menor. Direitos e deveres existem, mas a falsa noção de democracia impera da forma mais cruel possível.
Para citar alguns exemplos a fim de fundamentar meu ponto de vista, friso muitos “engomadinhos” que, quando percebem que adquiriram algum poder, porque se você quer conhecer alguém, dizem estudiosos: “dê-lhe poder”, simplesmente começam a aprovar leis e decretos contra seu próprio povo. Porém, quando tais “engomadinhos” perdem o poder, bem como cargos de altos salários, eles, na condição de povo, como todo o resto da nação, começam a sofrer em razão dos próprios decretos e leis que eles, quando se sentiam “o peão todo poderoso”, assinaram e apunhalaram contra seus irmãos, amantes de sua própria bandeira. Não vou aqui citar nomes, mas se a carapuça serviu pra alguém que você, leitor, conhece, acredito que entenderam o recado.
É fato que um dia teremos que prestar contas dos erros que um dia cometemos, se não for com o outro, será com nossa própria consciência, com nosso próprio eu. A vida é um eterno aprendizado, onde o eu necessita passar por determinadas experiências para se autoconhecer, já que o autoconhecimento é, nada mais, que uma experiência sublime que nos ajuda a melhor entender e lidar com o outro.
Enfim, o autoconhecimento é a porta de entrada para que o indivíduo mantenha relações sociais mais promissoras com o outro, com base no respeito, na ética e nos limites impostos pelas leis dos homens.
Despeço-me nestas linhas, até a próxima e muito obrigado.

Andréia Franco
18/04/2016.












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